HISTÓRIA - 2TEM - EJA - 2º SEMESTRE/20
ATIVIDADE DE REPOSIÇÃO DO DIA 24/08/20
Leia o texto abaixo para auxiliar nas questões.
A Economia no Brasil Imperial
A forma como o Brasil foi inserida na economia mundial traçou alguns dos contornos da organização econômica e social, sendo geradora de desequilíbrios e desigualdades que se mantêm até hoje em nosso país. Apesar da diversidade econômica que a América Portuguesa apresentava no final do século XVIII, após nossa independência política, em 1822, continuou a predominar, no Brasil, o modelo herdado do período colonial, baseado no latifúndio monocultor escravista. A estrutura agrária do país foi (e é) concentradora de riquezas e de renda. Exemplo da preservação da estrutura exportadora do tipo colonial foi a cultura cafeeira, que repetiu a dinâmica das plantations escravistas.
Esse tipo de inserção na economia mundial – a reiteração da vocação agroexportadora, baseada no latifúndio - impediu a ascensão de um efetivo processo de industrialização no país, até pelo menos a terceira década do século XX, e foi, em parte, responsável pela concentração da riqueza nas mãos de poucos.
Segundo o analista Basílio Sallum Jr., por maiores que tenham sido as mudanças observadas no Brasil na última década do século XX, o país ainda não conseguiu se desprender de sua condição de país periférico, não obstante se inclua entre as sociedades mais dinâmicas da periferia. Para romper com a condição periférica, afirma Sallum, é preciso tratar da inclusão econômica e social da maioria da população brasileira, que permanece às margens das conquistas materiais da civilização moderna.
Essa afirmação levanta duas questões importantes. A primeira é a possível explicação da dependência e do caráter periférico de nosso país, baseando-se exclusivamente nas especificidades de seu processo histórico. A segunda é a constatação de que a história do país está inserida em um processo mais abrangente que é o do capitalismo mundial. Porém, cabe uma ressalva ao autor. No que se refere ao primeiro ponto, não se pode conceber o passado como um “pecado original”, ou seja, alguma coisa que já nasce com o país. Se assim fosse, não se teria observado nenhuma mudança no Brasil desde o momento em que se iniciou o nosso processo de colonização. Embora o passado possa ajudar a compreender e refletir sobre o presente, há de se tomar cuidado para não incorrer em simplificações históricas, fugindo sempre da ideia da inevitabilidade deste presente em razão do passado. Não custa reiterar que o Brasil, hoje, é uma potência emergente, respeitada no cenário mundial. No que se refere ao segundo ponto, apesar da importância prioritária de se estudar a trajetória econômica do nosso país, é impossível esquecer que, desde os primeiros anos da colonização, o Brasil esteve inserido em processos mais globais.
ATIVIDADES:
Lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
Por que, apesar da diversidade econômica que a América Portuguesa apresentou no final do século XVIII, continuou a predominar, no Brasil, o modelo baseado no latifúndio monocultor escravista?
Qual foi o obstáculo à ascensão de um efetivo processo de industrialização no país?
Qual a posição do analista Basílio Sallum Jr. acerca da economia brasileira?
Quais são as duas questões importantes que se colocam a partir da posição de Basílio Sallum Jr.?
Como caracterizar a economia brasileira no Primeiro e no Segundo Reinados?
OBSERVAÇÃO:
Copiar no caderno de História as questões e responder.
Não precisa copiar o texto.
DATA DE ENTREGA: 09/10/2020 ( wathassap ou e-mail: maria.ivone.2202@gmail.com)
Bons estudos.
Profa. Maria Ivone
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