Segue o resumo das aulas do CMSP, respectivos aos dias 12/08 (a origem de Roma: da monarquia a república), 02/09 (Política e sociedade na república romana) e 09/09 (O Império romano).
RESUMO
CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS (2° parte)
ROMA ANTIGA
Origem:
A origem da cidade de Roma, data século VIII a.C.. Os antigos romanos justificavam a fundação da cidade com a lenda de “Remo e Rômulo”, os irmãos que conseguiram sobreviver as perseguições de seu tio, foram alimentados por uma loba e depois de velhos, vingaram seu avô, retomando o reino. Após uma briga Rômulo mata Remo.
A Península Itálica.
Vários povos ocupavam o território italiano, os chamados italiotas, formado por vários povos, como os latinos, sabinos, úmbrios, etruscos, entre outros. No sul, gregos e cartagineses fundaram colônias e no norte celtas e ilírios.
Os períodos históricos:
A história da Roma Antiga é dividido em três períodos:
Monarquia: 753 à 509 a.C.
República: 509 à 27 a.C.
Império: 27 a.C. à 473 d.C.
A monarquia romana:
No século VII a.C., os etruscos se estabeleceram na região de Roma. Foram responsáveis por um crescimento urbano e comercial. Os reis etruscos começaram a expandir os territórios romanos, conquistando povos rivais locais.
Sociedade
Patrícios: donos de terras e controlavam a política
Clientes: homens livres agregados e/ou dependentes dos patrícios
Plebeus: homens livres sem direito político, formado em sua maioria por camponeses. Em períodos de guerra eram convocados para formar o exército.
Escravos: prisioneiros de guerra e ou endividados.
Organização Política
Rei: líder religioso e militar
Senado: formado pelos anciãos patrícios, fiscalizavam o rei e elaboravam as leis.
Assembleia: cidadãos que votavam as leis criadas pelo senado.
O fim da monarquia
A necessidade de novas conquistas, fez o rei aproximar-se da PLEBE, dando maior poder político nas assembleias para que pudessem servir o exército. Irritados, os PATRÍCIOS depuseram o Rei Etrusco Tarquínio, o Soberbo, e proclamaram a REPÚBLICA.
A República Romana
Entre 509a.C. à 27a.C., Roma se tornou uma REPÚBLICA. A palavra tem origem no latim, RES PUBLICA significa “a coisa pública”, que traz a ideia do domínio dos cidadãos sobre a coisa pública.
Organização Política
3 tipos de assembleias: assembleia por tribo, assembleia por centúrias (soldados) e assembleia da plebe.
Os patrícios elegiam os magistrados e senadores e podiam ser eleitos para esses cargos:
Os magistrados:
CENSORES: faziam a contagem da população, supervisionavam as despesas públicas.
QUESTORES: cuidavam do tesouro público.
ÉDIS: cuidavam dos serviços públicos (abastecimento da cidade, segurança, pavimentação das ruas e organização dos jogos públicos)
PRETORES: eram responsáveis pela justiça
CÔNSULES: 2 cônsules com mandato de 1 ano. Responsáveis pelo comando do exército e presidir o Senado e os comícios.
Conflitos sociais
A história social na república romana foi marcada pelo conflito entre patrícios e plebeus. A maioria da população, formada pelos plebeus, eram pequenos proprietários de terras. Era comum, os plebeus serem convocados para as guerras e serem obrigados a abandonar suas colheitas. Quando voltavam, eram obrigados a contrair empréstimos usando suas propriedades como garantia. Quando não conseguiam pagar suas dívidas, perdiam suas propriedades e a sua liberdade, tornando-se escravos.
Durante o período republicano, os plebeus promoveram várias revoltas, conseguindo inúmeras conquistas, como o estabelecimento de leis escritas e restrições à escravidão por dívidas.
494 a.C. - TRIBUNO DA PLEBE – Magistrado eleito pelos plebeus com poder de VETO sobre as decisões do Senado.
450 a.C. - LEI DAS XII TÁBUAS – Código de leis escritas, base do Direito Romano.
445 a.C. - LEI CANULÉIA – Permitia o casamento entre Patrícios e Plebeus.
367 a.C. - LEI DA LICÍNIA – Reconheceu-se o direito de os plebeus se candidatarem ao cargo de Cônsul.
326 a.C. – LEI POETÉLIA PAPIRIA - Proibição definitiva das escravidão por dívida, principal reinvidicação dos plebeus pobres.
286 a.C. – LEI HORTÊNCIA - Os PLEBICISTOS, decisões tomadas pela plebe, em suas assembleias, ganhavam força de lei para todo o povo, incluindo os patrícios.
A expansão romana
Durante o período republicano, Roma expandiu seus domínios através de guerras e acordos políticos, conquistando praticamente toda a península itálica entre os séculos IV e III a.C..
As Guerras Púnicas – conflitos entre Roma e Cartago pelo domínio do mar Mediterrâneo.
1° Guerra Púnica (264-241 a.C.) Roma conquista a Sicília, Córsega e Sardenha antigas colônias de Cartago.
2° Guerra Púnica (218-202 a.C.) Liderados pelo general Aníbal, os cartagineses impuseram várias derrotas aos Romanos, mas acabaram derrotados na Batalha de Zama, no norte da África.
3° Guerra Púnica (150-146 a.C.) O exército romano destrói completamente Cartago. A população da cidade é escravizada. Roma consolida o domínio naval no mar Mediterrâneo.
O governo nas áreas conquistadas:
Aliados - cidades da Península Itálica que decidiram unir-se a Roma. Não pagavam tributos, mas forneciam soldados para os exércitos.
Municípios – nome dado aos territórios conquistados na Península Itálica. Tinham de pagar impostos e fornecer soldados para os exércitos.
Províncias – territórios conquistados fora da Península Itálica. Em geral eram governadas por um magistrado romano e deviam pagar impostos. Algumas gozavam de maior autonomia.
Transformações sociais na república romana
Novos grupos sociais
As conquistas romanas transformaram a sociedade romana. Os espólios de guerra e os tributos pagos pelos territórios vencidos enriqueceram a cidade. Houve um grande aumento no número de escravos que começara, a realizar as atividades dos plebeus, que se empobreceram criando grande tensão social. Surgiram novos grupos sociais:
Nobilitas (Notáveis) - aristocracia formada de patrícios e plebeus enriquecidos, seus membros continuavam a controlar os cargos públicos, civis e militares e assumiram a administração dos territórios conquistados
Cavaleiros – pertencentes à ordem equestre. Prestavam serviços na cavalaria durante as guerras, podiam cobrar impostos e atuar como juízes nos territórios conquistados.
As reformas sociais dos irmãos Graco
Um dos maiores problemas sociais na Roma antiga era a concentração de terras. Os Tribunos da Plebe, Tibério e Caio Graco procuraram solucionar o problema propondo reformas. Em 133 a.C., Tibério Graco conseguiu aprovar a Lei Agrária, que limitava a porção de terra que cada individuo poderia ocupar do Ager Publics (terras conquistadas). A lei desagradou os grandes proprietários de terras. No ano seguinte Tibério e outros partidários da lei foram assassinados.
Em 123 a.C., o irmão de Tibério, Caio Graco, propôs o aumento da participação dos plebeus na administração romana e aprovou a Lei Frumentária, reduzindo o preço do trigo para os cidadãos pobres. Perseguido pelos patrícios, Caio Graco se suicidou.
Revoltas de Escravos
Durante a República, ocorreram 3 grandes revoltas escravas no mundo romano:
136-132 a.C. e 104-101 a.C. na Sicília
73-71 a.C no sul da Itália, a revolta liderada pelo escravo gladiador Espartaco.
Os generais na política
Generais como Caio Mário e Lúcio Cornélio Sila ganham destaque como generais que se tornaram governantes. Caio Mário reestruturou o Exército, estabelecendo pagamento de salário, e a participação dos Legionários no espólio de guerra e terras na aposentadoria (111 a.C.), tornando o exército uma atividade profissional e a principal forma de trabalho para os plebeus. Mário ocupou o cargo de Cônsul por 6 vezes.
Sila, por sua vez, um representante dos patrícios, foi nomeado ditador perpétuo pelo Senado, procurou diminuir a participação da plebe na administração pública diminuindo os poderes dos Tribunos da Plebe.
A crise da República
1° Triunvirato
Governo formado pelos generais Pompeu, Crasso e Júlio César. Com a morte de Crasso, Pompeu (apoiado pelo senado) e Júlio César travaram uma disputa pelo comando de Roma. Com a morte de Pompeu, Júlio César foi nomeado ditador de Roma.
O governo de Júlio César
Anistiou os inimigos
Centralizou o poder político em Roma
Reformou a administração romana, dando o direito a cidadania romana a todas as cidades da Península Itálica.
Distribuiu terras a milhares de ex-soldados.
Reorganizou o calendário romano
Anexou o Egito com a união com Cleópatra.
Conquistou territórios na Britânia, Gália, Hispânia e Ásia Menor
Em 44 a.C., Júlio César foi assassinado durante uma sessão do senado. No seu testamento, César deixou uma quantia em dinheiro para cada romano, o que aumentou sua popularidade e motivou a ira popular contra os senadores.
2° Triunvirato
Governo formado pelos generais aliados a Júlio César: Lépido, Caio Otávio e Marco Antônio. Após a retirada de Lépido do exército, Otavio (sobrinho de César) e Marco Antônio (agora casado com Cleópatra) disputaram o comando de Roma em uma violenta guerra civil. Após a vitória de Otávio na Batalha de Ácio, em 31 a.C.. Otávio vence, Marco Antônio e Cleópatra se suicidam.
O IMPÉRIO ROMANO
Caio Otávio se torna o 1° Imperador de Roma, acumulando títulos: Princips senatus (líder do senado), Pontifex Maximus (chefe religioso), August (divindade) e Imperium (comandante supremo do exército). O termo César, passou a ser usado como Imperador e Caio Otávio passou a ser chamado de Otávio Augusto.
A Pax Romana
O governo do imperador Otávio Augusto, (27 a.C. a 14 d.C.) promoveu uma série de reformas de grande impacto social que aumentaram sua popularidade.
Organizou o Império, definiu seus limites e fortaleceu suas fronteiras enviando tropas para defendê-las.
Distribuiu terras aos seus soldados, instituiu uma aposentadoria para os militares e regulamentou a distribuição de trigo à plebe.
Assumiu a administração de algumas províncias, entre as quais o Egito, importante fornecedor de trigo para Roma; as demais províncias foram administradas pelo Senado.
Modernizou a cidade de Roma, que passou a ser administrada por um prefeito, criou um corpo de bombeiros para combater os inúmeros incêndios na cidade.
Financiou a construção de obras que valorizavam sua imagem
Com essas medidas, o governo de Otávio Augusto inaugurou um período de estabilidade política conhecido como a Pax Romana, que durou entre os séculos I e II.
Nesse período as principais cidades do Império foram modernizadas, ganhando estradas, teatros, edifícios públicos, fontes, banhos públicos e entretenimento. Durante esse período, os imperadores romanos adotaram a chamada política do “Pão e Circo”. As distribuições de trigo à plebe e os espetáculos públicos como teatros, luta de gladiadores e corridas de bigas (carro puxado à cavalos) diminuíram as tensões sociais nas grandes cidades romanas.
As dinastias romanas
Durante os séculos I, II e início do III, as principais dinastias que governaram Roma foram:
Dinastia Julio-Cláudio: 27 a.C. a 69 d.C. (Otávio, Tibério, Calígula, Claudio e Nero).
Dinastia dos Flávios: 69 a 96 (Vespasiano, Tito e Domiciano)
Dinastia dos Antoninos: 96 a 192 (Nerva, Trajano, Adriano, Antônio Pio, Marco Aurélio, Lúcio Vero e Cômodo)
Dinastia dos Severos: 192 a 235 (Septimo Severo, Caracala, Públio Sétimo Geta, Macrino, Heliogábalo e Alexandre Severo)
A expansão do Império Romano
Foi no século II que o Império Romano atingiu sua maior expansão territorial, controlando todo o sul da Europa, parte das ilhas britânicas, norte da África, Ásia Menor e Mesopotâmia.
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