sexta-feira, 6 de novembro de 2020

PROF. LUCIVÂNIA- PORTUGUÊS- 1 ANO D

 

Escola Estadual Professor Fernando Buonaduce 

Osasco 

Símbolos Estaduais 

Valor da atividade: de 0 a 10 

Ensino Médio 

Turmas: 1° D                   

Professora: Lucivânia Maia 

Disciplina: Português 

Período: noturno 

 

                                         4° Bimestre 

 Instruções para esta atividade: 

*Leiam atentamente o texto; 

*Copiem somente as perguntas no caderno.  

*Respondam as perguntas, tire uma foto nítida; 

*Enviem para o meu e-mail: mlucivaniamaia@bol.com.br 

*Também podem enviar a atividade digitada para o e-mail: mlucivaniamaia@bol.com.br 

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Herói na contemporaneidade 

 

    Quando eu era criança, passava todo o tempo desenhando super-heróis. 

            Recorro ao historiador de mitologia Joseph Campbell, que diferenciava as duas figuras públicas: o herói (figura pública antiga) e a celebridade (a figura pública moderna). Enquanto a celebridade se populariza por viver para si mesma, o herói assim se tornava por viver servindo sua comunidade. Todo super-herói deve atravessar alguma via crucis. Gandhi, líder pacifista indiano, disse que, quanto maior nosso sacrifício, maior será nossa conquista. Como Hércules, como Batman. 

            Toda história em quadrinhos traz em si alguma coisa de industrial e marginal, ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. Os filmes de super-herói, ainda que transpondo essa cultura para a grande e famigerada indústria, realizam uma outra façanha, que provavelmente sem eles não ocorreria: a formação de novas mitologias reafirmando os mesmos ideais heroicos da Antiguidade para o homem moderno. O cineasta italiano Fellini afirmou uma vez que Stan Lee, o criador da editora Marvel e de diversos heróis populares, era o Homero dos quadrinhos. 
        Toda boa história de super-herói é uma história de exclusão social. Homem-Aranha é um nerdHulk é um monstro amaldiçoado, Demolidor é um deficiente, os X-Men são indivíduos excepcionais, Batman é um órfão, Super-Homem é um alienígena expatriado. São todos símbolos da solidão, da sobrevivência e da abnegação humana. 

           Não se ama um herói pelos seus poderes, mas pela sua dor. Nossos olhos podem até se voltar a eles por suas habilidades fantásticas, mas é na humanidade que eles crescem dentro do gosto popular. Os super-heróis que não sofrem ou simplesmente trabalham para o sistema vigente tendem a se tornar meio bobos, como o Tocha-Humana ou o Capitão América. 

            Hulk e Homem-Aranha são seres que criticam a inconsequência da ciência, com sua energia atômica e suas experiências genéticas. Os X-Men nos advertem para a educação inclusiva. Super-Homem é aquele que mais se aproxima de Jesus Cristo, e por isso talvez seja o mais popular de todos, em seu sacrifício solitário em defesa dos seres humanos, mas também tem algo de Aquiles, com seu calcanhar que é a kriptonita. Humano e super-herói, como Gandhi. 

            Não houve nenhuma literatura que tenha me marcado mais do que essas histórias em quadrinhos. Eu raramente as leio hoje em dia, mas quando assisto a bons filmes de super-heróis eu lembro que todos temos um lado ingênuo e bom, que pode ser capaz de suportar a dor da solidão por um princípio. 

 

Este texto é uma crônica e foi escrita por Fernando Chuí. 

 

Questões: 

 

1 - O que você entende sobre a frase: “Não se ama um herói pelos seus poderes, mas pela sua dor.” (2,0) 

 

(Resposta pessoal) 

 

 

2 – Por que o autor afirma que o Super-Homem é o super-herói que mais se aproxima de Jesus Cristo? (2,0) 

 

 

 

3 – Na sua opinião, por que o autor afirma que todo super-herói deve atravessar alguma via crucis, ou seja, enfrentar sacrifícios? (2,0) 

 

 

 

4 – Você concorda que toda boa história de super-herói é uma história de exclusão social, ou seja, os grandes super-heróis sofreram com algum tipo de preconceito ou exclusão social? Comente. (2,0) 

 

 

– Você gostou da história? Você se identificou com essa históriaPor que? Comente. (2,0) 

 

Boa leitura! 

Bom estudo! 

Um fraterno abraço. Profª Lucivânia Maia. 

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