segunda-feira, 16 de novembro de 2020

PROF. MEIRE- 9 ANO A.B.C- LÍNGUA PORTUGUESA

 Atividades de aulas a distância 

De: 16 a 30 de novembro 

 

Disciplina: Língua Portuguesa                           

Professor: Meire de Jesus Santos     

Ano/série: 9º A, B, C 

Entrega até: 30 de novembro 

14 aulas 

 

APOSTILA SÃO PAULO FAZ ESCOLA – VOLUME 4 

ATIVIDADE 1 – ENSAIOS DE LEITURA LITERÁRIA 

 

Literatura não é algo para ser estudado só no Ensino Médio. Ela faz parte da nossa história! Literatura provém do latim littera, que significa letra. 

 

 

Texto: A pequena vendedora de fósforos 

De: Hans Christian Andersen 

 

 

Estava extremamente frio. A neve caía. A noite chegara, a última noite do ano. No frio e na escuridão, uma pobre menina, descalça, andava pelas ruas. Por que ela estava descalça? Ao se desviar de duas carruagens que passavam em alta velocidade, deixou seus chinelos caírem na rua, chinelos que por sinal eram bem grandes, pois pertenciam a sua mãe. Quando foi recuperá-los, ela não conseguiu pegar um deles, pois o outro fora apanhado por um garoto que fugiu em disparada, dizendo que aquilo serviria bem como berço aos filhos quando, algum dia, ele os tivesse. 

A menininha passara a andar descalça. Em um avental velho, carregava vários pacotes de fósforos e em uma das mãos tinha uma dessas caixinhas que oferecia aos passantes. Ninguém comprou. Não conseguiu um centavo sequer. 

Tremendo de frio e de fome, ia se arrastando. Pobre menina! Sua imagem era desoladora. Os flocos de neve caíam sobre seus longos cabelos louros. Via as luzes que vinham das janelas das casas. Sentia um cheiro maravilhoso de ganso assado. Era véspera de Ano Novo. 

Em um cantinho próximo à parede de uma casa, sentou-se em cima dos pés para abrigá-los ao calor do corpo. Não se atreveu a ir para casa, pois não havia vendido os fósforos e não queria levar bronca por isso. Além do mais, também fazia frio em sua casa, a família só tinha um teto para proteção, mais nada. 

Suas mãos estavam geladas. Precisava se aquecer. Tirou um dos palitos de fósforo da caixinha e riscou-o na parede para acendê-lo. Surgiu uma chama quente e brilhante, como de uma pequena vela, abrigou a chama com a mão. Naquele momento, parecia que estava sentada diante de um grande fogão de ferro, com pés e maçanetas de bronze. Como estava quentinho e confortável ali! A jovem esticou os pés para aquecê-los também, mas a pequena chama se apagou, o fogão desapareceu, sobraram-lhe apenas os restos do fósforo queimado na mão. 

Ela então acendeu outro. A luz do fogo batia na parede da casa, deixando-a transparente como um véu fino, e ela podia ver através desse véu uma sala com uma mesa coberta com pano branco como a neve. 

Sobre a mesa havia um belo e suculento ganso assado no vapor, recheado com maçãs e ameixas. De repente, como mágica, a ave pulou do prato e cambaleou pelo chão com uma faca e um garfo espetados em seu peito em direção à menina. Naquele instante, porém, o fósforo se apagou e lá estava a garota novamente diante da parede grossa e fria. 

Riscou outro fósforo e a luz a transportou para debaixo de uma bela árvore de Natal. Era a maior e mais bonita árvore que já vira. Milhares de velas acesas brilhavam entre os galhos verdes. A menininha estendeu as duas mãos para tocá-la, mas o fósforo apagou. As luzes de Natal foram subindo, subindo cada vez mais alto. Ela as via agora como estrelas brilhantes no céu até que uma delas caiu, formando um fino risco reluzente de fogo. 

“Agora alguém está morrendo”, pensou a jovem.  

Lembrou-se de sua falecida avó, a única pessoa a quem amava. Ela dizia que, quando uma estrela cai, uma alma sobe até Deus. 

A menina acendeu outro fósforo. Sob o brilho da chama, avistou sua velha avó. 

“Vovó!” chorou a criança. “Leve-me com você! Eu sei que você desaparecerá quando o fósforo apagar. 

Você desaparecerá como o fogão quente, o maravilhoso ganso assado e a linda e grande árvore de Natal!”. 

Desejando manter a avó junto dela, foi acendendo um fósforo. Eles deram chamas tão brilhantes que resplandeciam mais do que a luz do dia, deixando a avó linda e grandiosa. Ela pegou a netinha em seus braços, e as duas voaram muito, muito alto. Lá em cima não havia frio, nem fome, nem medo – elas estavam com Deus. 

No canto, encostada na parede, sentada, estava a menina com um sorriso nos lábios e as bochechas rosadas. Estava imóvel. 

A criança, rígida e fria, segurava alguns fósforos queimados. 

“Ela queria se aquecer”, disseram as pessoas que por ali passavam. 

Ninguém poderia imaginar as coisas bonitas que a menina avistara, e quão feliz ela adentrara o Ano Novo com sua tão amada avó. 

 

Tradução livre para a Língua Portuguesa e adaptação de The Little Match Girl, de Hans Christian Andersen, feitas pelo autor desse material pedagógico. A versão em inglês está disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=6113 (acesso em: 19 jun. 2020). 

 

 

 ENSAIOS DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE UM TEXTO 

 

Elementos básicos da narrativa “A pequena vendedora de fósforos” (responda após a leitura): 

 

 

01. Personagem (Quem?) 

02. Local/espaço/ambiente (Onde ocorre?) 

03. Tempo (Quando ocorre?) 

04. Narrador (Está em 1ª ou 3ª pessoa?) 

05. Enredo (Qual é a sequência de acontecimentos ou ações; refere-se às ações principais do início, meio e fim da narrativa) 

 

06. Com relação ao contexto de vida da menina, informe: 

a. Situação social  

b. Situação emocional 

c. Idade aproximada 

d. Perigo que corre  

 

07. Essa história pode ser comparada à situação de vida de muitas outras crianças. Como as do Brasil fazem para sobreviver? 

 

 

 

 

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