segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Professor Leonardo História 9 anos A B C D E F G 4°BIMESTRE

 Segue o RESUMO de História do 4° bimestre, acompanhando as aulas do Centro de Mídias CMSP dos dias 4,9 e 16 de setembro; 7, 14 e 28 de outubro. 

NÃO PRECISA COPIAR, trata-se de uma consulta.


RESUMO – 4°BIMESTRE


  • A GUERRA FRIA

  • A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E ÁSIA


A GUERRA FRIA (1945-1991)

Compreende a disputa político, econômica e ideológica entre as duas superpotências vencedoras da II Guerra Mundial, os Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS). O EUA liderava o bloco de países capitalistas enquanto que a URSS, o bloco formado pelos países socialistas.

Essa disputa ficou conhecida como Guerra Fria, por apesar de toda a rivalidade, as duas superpotências nunca entraram em um conflito direto e aberto, por que isso significaria uma guerra nuclear. Mas as disputas por áreas de influência entre EUA e URSS influenciariam países, disputas políticas e conflitos em todos os continentes.


DIFERENÇAS ENTRE CAPITALISMO E SOCIALISMO

  • CAPITALISMO:

Garantia da propriedade privada

Economia de mercado – concorrência e disputa tecnológica

Liberdade democrática e econômica

Maior concentração de renda

  • SOCIALISMO SOVIÉTICO

Controle do Estado sobre os meios de produção

Economia planificada – decisões centralizadas

Diminuição das liberdades democrática e econômica

Maior igualdade social


CARACTERÍSTICAS 

Mundo Bipolar: EUA (capitalismo) x URSS (socialismo)

Corrida armamentista – o terror nuclear - “guerra improvável, paz impossível”. 

Conflitos indiretos por áreas de influência

Corrida espacial/tecnológica

Guerra de informação / espionagem

  • CIA Central de Inteligência Americana

  • KGB Comitê de Segurança do Estado


A DIVISÃO DO MUNDO NO PÓS II GUERRA

Conferência de Teerã (novembro de 1943)

Conferência de Yalta (fevereiro de 1945)

Conferência de Postdam (julho de 1945)

Definições do mundo pós-guerra, fim do nazismo (Tribunal de Nuremberg), divisão da Alemanha e criação da ONU (Organizações das Nações Unidas – outubro de 1945).


EVENTOS DA GUERRA FRIA

1947

  • Doutrina Truman e o Plano Marshall

Doutrina Truman: intervenção e apoio norte americano às regiões que desejavam se manter livres do expansionismo soviético.

Plano Marshall: reconstrução econômica da Europa Ocidental como forma de evitar a expansão soviética e manter a região dependente em relação ao próprio EUA.

1948

Criação do Estado de Israel (com o apoio de EUA e URSS) provoca a reação dos árabes, que não aceitam a forma de divisão do território proposto pela ONU. O Conflito entre israelenses e palestinos geram uma série de conflitos nas décadas seguintes. 1949, a Guerra Árabe-Israelense; 1956, a Guerra no Canal de Suez; 1967, a Guerra dos 6 dias; 1973, a Guerra do Yom Kippur; 1982, a Guerra do Líbano, além das revoltas populares palestinas, chamadas de Intifadas.

1949 

  • Ações soviéticas

Comecon – Conselho para Assistência Econômica Mútua, a versão soviética do Plano Marshall.

Cominform - organização dos Partidos Comunistas europeus.

Consolidação do “Terror Nuclear” - 1° bomba atômica soviética.

  • Divisão da Alemanha: Criação da RDA República Democrática da Alemanha (oriental, ligada à URSS) e a RFA República Federal da Alemanha (ocidental, ligada ao EUA). A capital Berlim, embora localizada na parte oriental, também foi dividida.

  • Revolução Chinesa: Liderados por Mao Tse Tung, a China se transformou na República Popular da China, com um governo comunista

  • Crise Grega: Partisans (guerrilheiros com apoio soviético) Tsaldanis (tropas do governo, com apoio norte americano e inglês). Intervenção militar do EUA manteve a Grécia sob sua área de influência.

  • Fundação da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança de defesa militar entre o EUA e países aliados.

1950 

Guerra da Coréia (1950-1953): Divisão da Coréia em Coréia do Norte (capital Pyongyang) e Coréia do Sul (capital Seul).

1955

Fundação do PACTO DE VARSÓVIA, a aliança entre URSS e os países do leste europeu, sob sua influência. Criação da “Cortina de Ferro”. As exceções de Iugoslávia e Albânia (socialista, independente da URSS), que se mantiveram com certa autonomia.

1956 

 A Hungria tenta sair do Pacto de Varsóvia e é duramente reprimida pelas tropas da URSS

1959 

Rompimento das relações entre China e URSS, embora socialistas, houve divergências sobre a questão nuclear.

1959

A Revolução Cubana, uma revolução camponesa em Cuba, liderada por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, ganha o apoio da URSS e se torna um símbolo para os grupos comunistas na América Latina.

Década de 50: EUA

O Macartismo – a caça aos comunistas dentro do EUA 

Idealizado pelo senador Joseph McCarthy  - criação do Centro de Ações anti comunistas, cultura do medo (o inimigo invisível), elaboração de lista de investigados.


A Década de 60 – A Coexistência Pacífica

Tentativas de aproximação entre os dois blocos: J. Kennedy e N. Krushchov (1961) e R. Nixon e L. Brejnev (1972)

Problemas:

  • Crise dos Mísseis em Cuba (1962)

  • Guerra do Vietnã (1965-1975)

1968

  • A Primavera de Praga

Tchecoslováquia. Presidente Alexander Dubcek (68-69) pregava um socialismo humanizado, redemocratizaçãoe tinha amplo apoio da população. 

Invasão das tropas soviéticas em Praga e prisão do presidente tcheco.

  • O Maio de 1968 na França

Causas políticas: deposição do governo de Charles de Gaulle

Causas estudantis: oposição ao fechamento de universidades pelo governo, com a Marcha de 20 mil estudantes e uma violenta repressão policial. Adesão dos sindicatos. Transmissão dos conflitos pela TV.

A corrida espacial

EUA e URSS também disputaram no campo da tecnologia espacial. A produção de foguetes e satélites, inicialmente com objetivos de segurança e espionagem, se transformou em uma corrida para conquistas espaciais, usado como propaganda dos governos

1961 – O cosmonauta Yuri Gagarin a viajar pela órbita da Terra e se torna um herói na URSS

1969 – O projeto norte americano Apollo 11 pousa na superfície da Lua, a missão é acompanhada pela TV.


O fim da URSS

No final da década de 1970, o bloco soviético começou a apresentar os sinais da crise. Entre vários fatores como a distância tecnológica entre URSS e o ocidente, baixa produtividade no campo e na indústria e gigantescos gastos militares. Novos conflitos na Ásia, como a invasão soviética no Afeganistão (1979) e a guerra Irã-Iraque (com apoio soviético aos iranianos) ampliou os gastos militares.

1984

O governo de Mikhail Gorbatchev iniciou um ousado programa de reformas, conhecidos como perestroika (abertura econômica permitindo maior participação de empresas privadas) e glasnost (abertura política, maior transparência do Estado).

1986

O acidente nuclear em Chernobil, Ucrânia, mostra a paralisia do Estado soviético. 

1991

Uma tentativa de golpe de ultraconservadores do Partido Comunista contra Gorbatchev é impedida pela população, liderada pelo presidente da Federação Russa, Boris Yeltsin. Em dezembro de 1991, os presidentes da Rússia, Belarus e Ucrânia anunciam o fim URSS e a criação da Comunidade de Estados Independentes CEI. O fim da URSS representou o fim da Guerra Fria.


DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E ÁSIA


No pós-guerra, o domínio colonial dos impérios europeus passou a ser sistematicamente questionado. A criação da ONU, em 1945, defendia a igualdade entre os países e a implantação de governos democráticos. Dentro do contexto da Guerra Fria, movimentos nacionalistas começaram a ganhar força nos continentes africano e asiático.


AS INDEPENDENCIAS DOS PAÍSES AFRICANOS

Podemos dividir o processo de independência dos países africanos em 2 grandes grupos:

  • Norte da África: movimento do pan-arabismo, com destaque para o líder da independência do Egito, Gamal Abdel Nasser.

  • África Subsaariana: movimento do pan-africanismo, com destaque para o líder da independência do Quênia, Jomo Kenyatta. 

As nações do norte da África conseguem suas independências até o final da década de 1950, já as nações da África Subsaariana, durante a década de 60. Regiões da África austral (sul) e Indica (oceano Índico), durante as décadas de 1970 e 1980.

O Egito conseguiu sua independência em 1922 (após a I Guerra), mas será na década de 50 que vários estados conseguem sua autonomia como Líbia (1951), Marrocos e Tunísia (1956) e Gana (1957).

Entre 1957 e 1962, 29 países passaram à condição de novos estados independentes e contribuíram para acelerar o processo de descolonização africana. 

Cada país imperialista desocupou a África de maneira distinta:

  • O Reino Unido (Inglaterra) aceita se retirar de certos territórios e transferir ompoder para líderes escolhidos pela metrópole. Para mantê-los aliados, cria-se a Commonwealth.

  • A França muda o status de suas colônias para Províncias Ultramarinas e mais tarde cria a comunidade francesa onde vau reunir suas antigas possessões mantendo o francês como idioma oficial e uma moeda em comum. A exceção será a sangrenta Guerra da Argélia.

  • A Espanha transforma a Guiné-Equatorial em província ultramarina, em 1960 e Ceuta e Melila em cidades. Em 1968, a Guiné Equatorial é declarada independente.

  • A Bélgica se envolverá na Guerra do Congo.

  • Portugal não aceita se desfazer de suas colônias e só mudará o status desses territórios em 1959. Mesmo assim, as décadas de 1960 e 1970 são marcadas por conflitos armados apenas solucionados com a Revolução dos Cravos, em 1974.

Após o fim da descolonização da África, a maioria dos novos países entra em guerra civil. Isso porque haviam povos que eram historicamente inimigos e agora viviam dentro de uma mesma fronteira. Também as diferentes ideologias (capitalismo e socialismo) disputavam o poder político dentro dos países. Esses conflitos eram financiados tanto por EUA como URSS e ajudaram a aumentar os conflitos no continente.


AS INDEPENDÊNCIAS NA ÁSIA

A descolonização asiática sucedeu quase que simultaneamente com a Segunda Guerra Mundial. Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar: Índia, Paquistão, Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução socialista, em consequência disso pôs fim na dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território. Em 1945, a Coreia deixou de se submeter aos domínios japoneses. Essa ex-colônia japonesa se dividiu em 1948, formando dois países: Coreia do Norte e Coreia do Sul.

O Camboja tornou-se independente da França em 1953. A Malásia e Cingapura conseguiram se libertar da colonização inglesa entre os anos de 1957 e 1965.

As colônias onde hoje se encontra o Oriente Médio se submeteram aos domínios europeus por muito tempo. Países como Líbano e Síria tiveram suas independências oficializadas em 1943 e 1946, respectivamente.
O restante dos países que integram o Oriente Médio obteve a independência somente após a Segunda Guerra Mundial. Com exceção do Irã, que teoricamente nunca foi colônia de nenhuma metrópole europeia.

Em razão de muitos anos de intensa exploração por parte das metrópoles europeias, as colônias se tornaram independentes, no entanto herdaram muitos problemas de caráter socioeconômico, os quais são percebidos até os dias atuais.





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