terça-feira, 4 de agosto de 2020

PROFESSORA MEIRE - LÍNGUA PORTUGUESA - 8 ANO E

Atividades de aulas a distância 

De: 03 a 14 de agosto 

 

Disciplina: Língua Portuguesa                           

Professor: Meire de Jesus Santos     

Ano/série: 8º E 

Entrega até: 14 de agosto 

12 aulas 

 

Apostila SP faz escola – volume 3 

Texto 1 LABIRINTOS 

 

A palavra labirinto, na língua portuguesa, tem origem no termo latino labyrinthus. Na Antiguidade, de acordo com a Mitologia, os labirintos eram criados para aqueles que, neles entrassem, não pudessem mais sair. Eram usados como proteção a locais que deveriam permanecer inacessíveis para pessoas não autorizadas; verdadeiras armadilhas mortais. 

A mitologia grega apresenta um dos labirintos mais famosos da história, o Labirinto de 

Creta. O rei Minos o construiu para manter aprisionado seu filho Minotauro, que nascera metade 

homem e metade touro.  

De acordo com a mitologia, Minotauro foi morto pelo herói Teseu, que conseguiu sair do 

labirinto graças ao fio de um novelo de lã, usado para marcar o caminho, o qual foi dado a ele 

por sua amada Ariadne. 

A palavra labirinto pode ser usada em sentido figurado, significando outra coisa, ou seja, 

dando a noção de algo confuso ou de difícil compreensão. 

Labirinto também é o nome de uma estrutura da orelha interna, responsável por nossa 

audição e equilíbrio.  

Marcos Rohfe 

 

Exercício 01. Após a leitura do Texto 1, responda às questões propostas. 

a) Qual é a finalidade desse texto? 

b) Pesquise os significados possíveis para a palavra labirinto. 

c) Você conhece outras palavras que podem ter significados diferentes dependendo de 

como são usadas? 

 

Texto 2: NO LABIRINTO DE CRETA 

Foram despertar na Ilha de Creta, onde logo descobriram o labirinto. Era um palácio imenso, com mil corredores dispostos de tal maneira que quem entrasse, nunca mais conseguiria sair – e acabaria devorado pelo monstro. O Minotauro só comia carne humana. 

Diante do labirinto, os três “pica-paus” pararam para refletir. 

— Quem entra, não sai mais e acaba no papo do monstro – disse Pedrinho - Mas nós sabemos o jeito de entrar e sair: é irmos desenrolando um fio de linha. Ah, se eu tivesse trazido um carretel...  

— Pois eu trouxe três! – gritou Emília triunfalmente - E dos grandes, número 50. Desça a 

mala, Visconde, abra-a. 

A mala foi descida e aberta. Emília tirou os carretéis e deu um a Pedrinho, outro ao Visconde, ficando com o terceiro. 

Entraram no Labirinto e foram desenrolando o primeiro carretel; quando a linha acabou, 

desenrolaram o segundo; e quando a linha do segundo acabou, começaram a desenrolar o terceiro. Eram corredores e mais corredores, construídos da maneira mais atrapalhada possível de propósito para que quem entrasse, não pudesse sair. Antes do terceiro carretel chegar ao fim, Emília “sentiu” a aproximação de qualquer coisa. 

__ Percebo uma catinga no ar – disse ela baixinho, farejando – O monstro deve ter seus aposentos por aqui...  

Uns passos mais e pronto: lá estava o Minotauro, numa espécie de trono, a mastigar lentamente qualquer coisa que havia numa grande cesta. 

— Mas como está gordo! – cochichou Emília - Muito mais que aquele célebre cevado que 

Dona Benta comprou do Elias Turco. Parece que nem pode erguer-se do trono. 

De fato, o monstro estava gordíssimo, quase obeso, com três papadas caídas; o seu corpanzil afundava dentro do tronco. Que teria acontecido? 

Mesmo assim, era perigoso aproximar-se, de modo que novamente, Emília recorreu ao 

Visconde. 

— Vá lá, meu bem, chegue-se ao “gordo” e com muito cuidado peça informações sobre a 

tia Nastácia. 

— E se ele me devorar? 

— Não há perigo. Nem a Esfinge o devorou, quanto mais o Minotauro. Só as vacas devoram os sabugos. 

— Mas ele é um touro, e os touros também comem sabugos. 

— Menos este, que é antropófago. Vá sem medo. 

O Visconde arriou a maletinha e foi. Instantes depois, voltara. 

— E então? - perguntou Pedrinho. 

— Não fala, não responde. Perguntei por tia Nastácia e ele só me olhou com um olho parado, sempre a mastigar umas coisas que tira daquela cesta – “isto” e mostrou o que havia na cesta. 

Emília arrancou-lhe o “isto” da mão. Era um bolinho. Era um bolinho de tia Nastácia. Que 

alegria! Aquele bolinho era a prova mais absoluta que tia Nastácia estava lá – e viva! Pedrinho 

comeu o bolinho inteiro e lamentou que o Visconde só tivesse trazido um. 

— Vamos procurá-la com o resto de linha que ainda temos – disse Emília examinando o 

carretel - Há de dar. 

[...] 

LOBATO, Monteiro. O Minotauro. Editora Brasiliense: São Paulo, 1954. p. 206-209. 

 

O texto que você leu foi escrito por Monteiro Lobato, que criou obras consideradas clássicas da literatura infanto-juvenil brasileira. As aventuras do Sítio do Picapau Amarelo foram adaptadas para várias mídias e formatos, como séries para a televisão, histórias em quadrinhos, jogos etc. Conhecer essa obra de forma crítica é muito importante para compreender o universo fantástico e rico criado pelo autor. 

 

Exercício 02. Após a leitura do texto 2, responda às questões propostas. 

a) O que o uso de aspas em “pica-paus” indica? 

b) No texto, duas palavras estão em negrito: antropófago e cevado. Pesquise o significado delas. 

c) O que o comportamento da personagem Emília nos permite inferir (deduzir) sobre ela? E a personagem Visconde? Como o texto apresenta a relação dos dois? 

d) Como o uso dos carretéis iria ajudar as personagens a saírem do labirinto? 

 

(RE)VISITANDO A GRAMÁTICA 

 

Pretérito perfeito do indicativo: 

Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Por exemplo: 

Ele estudou as lições ontem à noite. 

 

 

Pretérito mais que perfeito do indicativo: 

O pretérito mais-que-perfeito é mais-que-perfeito porque indica uma ação do passado que aconteceu antes do pretérito perfeito. No pretérito perfeito, a ação acontece em um momento determinado do passado. 

Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. 

Obs.: Os amigos chegaram= pretérito perfeito 

Ele já estudara= ANTES dos amigos chegarem, ele já tinha feito uma ação, por isso ESTUDARA é pretérito mais que perfeito. 

 

3. Passe as frases que estão no presente do indicativo, para o pretérito perfeito e pretérito mais que perfeito, conforme exemplo: 

a)  Fernanda conserta computadores. 

Pretérito perfeito: Fernanda consertou computadores. 

Pretérito mais que perfeito: Fernanda consertara computadores. 

 

b) Jean cria programas de computador. 

c) O professor entrega os trabalhos. 

d) As alunas chegam cedo na escola. 

e) Falta cadeira aqui. 

 

Observações: 

- Ler as questões solicitadas e responder NO CADERNO; 

- Tirar fotos e enviar para o meu e-mail 

 

 

 

 

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