Atividades de aulas a distância
De: 03 a 14 de agosto
Disciplina: Língua Portuguesa
Professor: Meire de Jesus Santos
Ano/série: 8º E
E-mail: professorameirejsantos@gmail.com
Entrega até: 14 de agosto
12 aulas
Apostila SP faz escola – volume 3
Texto 1: LABIRINTOS
A palavra labirinto, na língua portuguesa, tem origem no termo latino labyrinthus. Na Antiguidade, de acordo com a Mitologia, os labirintos eram criados para aqueles que, neles entrassem, não pudessem mais sair. Eram usados como proteção a locais que deveriam permanecer inacessíveis para pessoas não autorizadas; verdadeiras armadilhas mortais.
A mitologia grega apresenta um dos labirintos mais famosos da história, o Labirinto de
Creta. O rei Minos o construiu para manter aprisionado seu filho Minotauro, que nascera metade
homem e metade touro.
De acordo com a mitologia, Minotauro foi morto pelo herói Teseu, que conseguiu sair do
labirinto graças ao fio de um novelo de lã, usado para marcar o caminho, o qual foi dado a ele
por sua amada Ariadne.
A palavra labirinto pode ser usada em sentido figurado, significando outra coisa, ou seja,
dando a noção de algo confuso ou de difícil compreensão.
Labirinto também é o nome de uma estrutura da orelha interna, responsável por nossa
audição e equilíbrio.
Marcos Rohfe
Exercício 01. Após a leitura do Texto 1, responda às questões propostas.
a) Qual é a finalidade desse texto?
b) Pesquise os significados possíveis para a palavra labirinto.
c) Você conhece outras palavras que podem ter significados diferentes dependendo de
como são usadas?
Texto 2: NO LABIRINTO DE CRETA
Foram despertar na Ilha de Creta, onde logo descobriram o labirinto. Era um palácio imenso, com mil corredores dispostos de tal maneira que quem entrasse, nunca mais conseguiria sair – e acabaria devorado pelo monstro. O Minotauro só comia carne humana.
Diante do labirinto, os três “pica-paus” pararam para refletir.
— Quem entra, não sai mais e acaba no papo do monstro – disse Pedrinho - Mas nós sabemos o jeito de entrar e sair: é irmos desenrolando um fio de linha. Ah, se eu tivesse trazido um carretel...
— Pois eu trouxe três! – gritou Emília triunfalmente - E dos grandes, número 50. Desça a
mala, Visconde, abra-a.
A mala foi descida e aberta. Emília tirou os carretéis e deu um a Pedrinho, outro ao Visconde, ficando com o terceiro.
Entraram no Labirinto e foram desenrolando o primeiro carretel; quando a linha acabou,
desenrolaram o segundo; e quando a linha do segundo acabou, começaram a desenrolar o terceiro. Eram corredores e mais corredores, construídos da maneira mais atrapalhada possível de propósito para que quem entrasse, não pudesse sair. Antes do terceiro carretel chegar ao fim, Emília “sentiu” a aproximação de qualquer coisa.
__ Percebo uma catinga no ar – disse ela baixinho, farejando – O monstro deve ter seus aposentos por aqui...
Uns passos mais e pronto: lá estava o Minotauro, numa espécie de trono, a mastigar lentamente qualquer coisa que havia numa grande cesta.
— Mas como está gordo! – cochichou Emília - Muito mais que aquele célebre cevado que
Dona Benta comprou do Elias Turco. Parece que nem pode erguer-se do trono.
De fato, o monstro estava gordíssimo, quase obeso, com três papadas caídas; o seu corpanzil afundava dentro do tronco. Que teria acontecido?
Mesmo assim, era perigoso aproximar-se, de modo que novamente, Emília recorreu ao
Visconde.
— Vá lá, meu bem, chegue-se ao “gordo” e com muito cuidado peça informações sobre a
tia Nastácia.
— E se ele me devorar?
— Não há perigo. Nem a Esfinge o devorou, quanto mais o Minotauro. Só as vacas devoram os sabugos.
— Mas ele é um touro, e os touros também comem sabugos.
— Menos este, que é antropófago. Vá sem medo.
O Visconde arriou a maletinha e foi. Instantes depois, voltara.
— E então? - perguntou Pedrinho.
— Não fala, não responde. Perguntei por tia Nastácia e ele só me olhou com um olho parado, sempre a mastigar umas coisas que tira daquela cesta – “isto” e mostrou o que havia na cesta.
Emília arrancou-lhe o “isto” da mão. Era um bolinho. Era um bolinho de tia Nastácia. Que
alegria! Aquele bolinho era a prova mais absoluta que tia Nastácia estava lá – e viva! Pedrinho
comeu o bolinho inteiro e lamentou que o Visconde só tivesse trazido um.
— Vamos procurá-la com o resto de linha que ainda temos – disse Emília examinando o
carretel - Há de dar.
[...]
LOBATO, Monteiro. O Minotauro. Editora Brasiliense: São Paulo, 1954. p. 206-209.
O texto que você leu foi escrito por Monteiro Lobato, que criou obras consideradas clássicas da literatura infanto-juvenil brasileira. As aventuras do Sítio do Picapau Amarelo foram adaptadas para várias mídias e formatos, como séries para a televisão, histórias em quadrinhos, jogos etc. Conhecer essa obra de forma crítica é muito importante para compreender o universo fantástico e rico criado pelo autor.
Exercício 02. Após a leitura do texto 2, responda às questões propostas.
a) O que o uso de aspas em “pica-paus” indica?
b) No texto, duas palavras estão em negrito: antropófago e cevado. Pesquise o significado delas.
c) O que o comportamento da personagem Emília nos permite inferir (deduzir) sobre ela? E a personagem Visconde? Como o texto apresenta a relação dos dois?
d) Como o uso dos carretéis iria ajudar as personagens a saírem do labirinto?
(RE)VISITANDO A GRAMÁTICA
Pretérito perfeito do indicativo:
Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Por exemplo:
Ele estudou as lições ontem à noite.
Pretérito mais que perfeito do indicativo:
O pretérito mais-que-perfeito é mais-que-perfeito porque indica uma ação do passado que aconteceu antes do pretérito perfeito. No pretérito perfeito, a ação acontece em um momento determinado do passado.
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
Obs.: Os amigos chegaram= pretérito perfeito
Ele já estudara= ANTES dos amigos chegarem, ele já tinha feito uma ação, por isso ESTUDARA é pretérito mais que perfeito.
3. Passe as frases que estão no presente do indicativo, para o pretérito perfeito e pretérito mais que perfeito, conforme exemplo:
a) Fernanda conserta computadores.
Pretérito perfeito: Fernanda consertou computadores.
Pretérito mais que perfeito: Fernanda consertara computadores.
b) Jean cria programas de computador.
c) O professor entrega os trabalhos.
d) As alunas chegam cedo na escola.
e) Falta cadeira aqui.
Observações:
- Ler as questões solicitadas e responder NO CADERNO;
- Tirar fotos e enviar para o meu e-mail
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