Segue o resumo das aulas do CMSP, respectivos aos dias 15/07 (Grécia antiga:origens), 22/07 (Grécia antiga: Atenas e a democracia), 29/07 (Grécia antiga: Esparta) e 05/08 (O império de Alexandre).
RESUMO
CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS (1° parte)
GRÉCIA ANTIGA
Origem: o povoamento da região grega (localizado no sul da Península Balcânica) tem origem na chegada de povos indo-europeus, como Aqueus, Eólios, Jônios e Dórios. Formaram cidades independentes, chamada de cidade-estado. O que unia as cidades gregas era a base cultural, a Hélade, os gregos se chamavam de “helenos”.
Períodos históricos: a história da Grécia Antiga costuma se dividir em cinco períodos:
· CRETO-MICÊNICO: ocupação da ilha de Creta e o desenvolvimento da cultura Cretense (entre os séculos XXV ao XV a.C.). Por motivos desconhecidos a cultura cretense entrou em rápido declínio. Por volta do século XV a.C. a região foi ocupada pelos aqueus, que fundaram a cidade de Micenas.
· HOMÉRICO (séculos XII ao VIII a.C.): a chegada de novos povos, como os eólios, jônios e dórios levaram ao declínio da cultura micênica. A principal fonte histórica do período são os poemas Ilíada e Odisseia, atribuídos ao poeta Homero. A Ilíada conta a história da guerra de Tróia e a Odisseia, as aventuras do herói Odisseu, no retorno para sua casa. A maior transformação desse período foi o colapso do poder centralizado e o surgimento de uma nova organização social, os Oikos (ou genos), baseadas na unidade familiar.
· ARCAICO (séculos VIII ao VI a.C.): formação das cidades-estados, ou pólis grega, crescimento populacional e colonização grega de outras regiões do mar Mediterrâneo e Mar Negro, com a fundação de cidades como Bizâncio, Marselha, Siracusa e Nápoles.
· CLÁSSICO (século VI ao IV a.C.): consolidação da polis (cidades-estados gregas); guerras greco-pérsicas; apogeu das cidades clássicas de Atenas e Esparta; a Guerra do Peloponeso (entre as cidades gregas)
· HELENÍSTICO (338 a 146 a.C.): crise da polis grega; invasão e domínio da Grécia pelos macedônios; expansão militar e cultural macedônica sob o comando de Alexandre Magno (Grande).
ESPARTA
A sociedade espartana:
Esparciatas – descendentes dórios, eram proprietários das melhores terras da região. Dedicavam-se à política e às atividades militares.
Periecos – homens livres (sem direitos políticos) que se dedicavam ao comércio ou artesanato, ou possuíam pequenas propriedades agrícolas. Em épocas de guerra, os periecos também participavam do exército.
Hilotas – servos que trabalhavam tanto em propriedades do Estado quanto dos cidadãos espartanos.
As instituições políticas espartanas:
Gerúsia – conselho dos anciãos, tomavam as decisões mais importantes e a elaboração das leis.
Eforato – formado por 5 membros (éforos) eleitos por um ano, sem direito à reeleição, comandavam as reuniões da Gerúsia e da Apela, e fiscalizavam a vida pública e econômica dos cidadãos.
Apela – assembleia formada por cidadãos espartanos com 30 anos ou mais. Votava, sem discutir, as propostas da Gerúsia, quase sempre concordando com ela.
Portanto, na prática, Esparta era uma Diarquia Oligárquica, isto é, possuía 2 reis (com funções religiosas e militares) e tinha o poder político (Gerúsia e Conselho dos Éforos) controlado pelas famílias aristocráticas (donas de terra) mais poderosas.
ATENAS
A sociedade ateniense:
Cidadãos – camada social constituída pelos homens adultos e livres, filhos de mãe e pai ateniense. Ricos ou pobres, eles podiam participar das atividades políticas em Atenas.
Metecos – estrangeiros que viviam em Atenas. Trabalhavam no comércio, no artesanato. Não possuíam direitos políticos.
Escravos – prisioneiros de guerra ou filhos de escravos. Trabalhavam no campo, nas minas e na produção artesanal.
As instituições políticas atenienses:
Ao longo de sua história, Atenas conheceu diferentes formas de governo como oligarquia, tirania e democracia. A cidade presenciou desigualdades e tensos conflitos sociais. Até o século VIII a.C. , o poder era exercido por um grupo de magistrados chamados Arcontes.
Arcontado – órgão composto por homens escolhidos entre a aristocracia (donos de terras), com mandatos anuais e funções religiosas, jurídicas e militares.
Areópago – conselho dos EUPÁTRIDAS (os bens nascidos, formado pelas famílias aristocráticas). Era um conselho legislativo e judiciário da polis, com o poder de fiscalizar e controlar os Arcontes.
OLIGARQUIA – forma de governo controlado por poucos, geralmente membros de famílias aristocráticas.
Os legisladores Atenienses:
Dracon – 620 a.C. Código Draconiano. Conjunto de leis escritas. O poder era controlado pelos anciãos (Areópago).
Sólon - 594 a.C. . Aboliu a escravidão por dívida; dividiu a sociedade de forma censitária (por renda); criou o Conselho dos 400 (Bulé) com funções administrativas e jurídicas.
Após as reformas de Sólon, houve o aumento das desigualdades e da tensão social, resultando no surgimento de governos tirânicos.
TIRANIA – governo autoritário, que usa a força e o populismo para se manter no poder, contrário aos interesses das elites.
Em Atenas, destaque para os governantes tiranos: Psístrato, Hipias e Hiparco.
A democracia ateniense Clístenes e Péricles
Clístenes – (governou Atenas entre 510-507 a.C.) dividiu os cidadãos por território – 10 tribos e 160 divisões administrativas, sendo todos considerados iguais perante a lei.
A Assembleia (ekklésia) – principal instituição política de Atenas. A partir de Sólon, todos os cidadãos podiam participar. Tinha o poder de aprovar ou não uma lei e escolher os magistrados.
Conselho dos 500 (boulé) - formavam as comissões que governavam a cidade, elaboravam as leis e escolhiam os assuntos que seriam discutidos nas Assembleias.
Estratego – governavam a cidade por um período de 1 ano.
Tribunais – sorteados pela Assembleia, participavam como jurados nos julgamentos de crimes da cidade.
Péricles – (governou Atenas entre 445-431 a.C.) responsável pela construção do Paternon.
DEMOCRACIA - forma de governo caracterizado pela participação dos cidadãos. Em grego DEMO=povo e KRATOS=governo.
Características do regime democrático:
ISONOMIA (igualdade perante a lei), ISOCRACIA (igualdade de acesso aos cargos públicos), ISEGORIA (igualdade para falar nas assembleias), Direito de voto aos cidadãos (não eram considerados cidadãos as mulheres, estrangeiros e escravos) e Democracia Direta (participação direta do cidadão na assembleia).
HELENISMO
Aproveitando os esgotamento das cidades gregas após tantas guerras, os macedônicos, um reino ao norte da Grécia , liderados por Filipe II, invadiu a região em 338 a.C. A expansão territorial se intensificou com seu sucessor, seu filho Alexandre, o Grande. Somando as forças da Macedônia, da Grécia e dos povos conquistados, ele invadiu a Ásia Menor, o Egito, a Mesopotâmia, a Pérsia até as margens do rio Indo. Alexandre teve Aristóteles como mestre, e soube governar os territórios ocupados, respeitando suas tradições religiosas, culturais e políticas. O termo helenismo significa a fusão entre os valores gregos (helenos) com as tradições das várias regiões asiáticas conquistadas. Seus principais centros eram a cidade de Pérgamo e Antióquia, na Ásia, e Alexandria, no Egito (onde Alexandre construiu a Grande Biblioteca).
Em 323 a.C., Alexandre morre aos 32 anos e o império rapidamente se divide. Entretanto, o legado cultural deixado por Alexandre se torna duradouro, nas artes, ciências e filosofia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário