Artes
Professor Willian Izidio
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Atividade voltada ao 3º TA
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Entregas e dúvidas: os trabalhos deverão ser entregues
por e-mail ou WhatsApp até o dia 28/05/2020
WhatsApp: 11 94325-5509
A memória das Coisas.
Leia o
seguinte texto:
Ao observarmos
nosso entorno podemos perceber que estamos cercados por inúmeros objetos.
Assim, os objetos vinculados aos indivíduos podem dizer muito sobre eles, tanto
aqueles que estão mais próximos do corpo, a exemplo daqueles que compõem a
indumentária e a vestimenta, quanto os que ficam escondidos em gavetas, em
caixas ou expostos nas estantes domésticas. Esses objetos que são guardados e
preservados pelo seu dono, aos poucos podem vir a adquirir um valor sensível e
uma importância simbólica tanto para ele próprio quanto para os outros
indivíduos, que porventura estiverem na sua presença, principalmente para as
pessoas mais próximas
Para
Bachelard “a casa é o nosso canto do mundo. Ela é, como se diz amiúde, o nosso
primeiro universo. É um verdadeiro cosmos. A casa é composta não só por
paredes, telhados e pinturas, é composta por móveis e objetos de várias
categorias. Ao entrar na própria casa, o indivíduo entra realmente em outro
universo, em um espaço onde reproduz o seu estilo de vida, os seus sonhos, desejos,
medos, memórias e esquecimentos. Ao entrar na casa de outra pessoa percebemos a
disposição das coisas dentro do espaço, o tamanho dos cômodos, a presença ou
não de fotografias, objetos decorativos e demais materiais que compõem o
cenário doméstico. Os cômodos mais íntimos são espaços mais secretos, onde o
acesso não é tão permitido e utilizado como os outros. Dentro do quarto é que
estão os objetos mais íntimos, os maiores segredos.
A partir da reflexão de Bachelard (1993), a
casa é o espaço onde se guardam as memórias, as relíquias, os segredos e os
esquecimentos. Ao fazer o simples exercício de fechar os olhos e se imaginar
entrando na sua própria casa ou na casa de algum familiar, várias coisas são
lembradas e outras esquecidas. Bachelard afirma que “é graças à casa que um
grande número de nossas lembranças é guardado; e quando a casa tem um porão, um
sótão, cantos e corredores, nossas lembranças têm refúgios cada vez mais bem
caracterizados” (BACHELARD, 1993, p. 28).
Dessa
maneira, lembramos principalmente das casas em que se viveu e daquelas de
pessoas próximas, as de familiares, por exemplo. A casa e todas as suas
composições, significados e memórias mostram um universo particular onde
poucos, e somente aqueles que os donos desejam, têm acesso. Para Joana
Bernardes (2010), a casa pode contar a história do seu habitante, assim como as
coisas que estão dentro dela. Sendo assim, é possível compreender um pouco mais
a vida de alguém a partir do entendimento desse espaço e do cenário que o
compõe (os objetos). Afinal, a casa é onde o indivíduo pode ser ele mesmo, é o
seu “canto”, onde não há tanta preocupação com o olhar dos outros.
Atividade
1: Após identificar
a relação entre “objeto e memória”, fotografe algum objeto que tenha
importância pra você, que traga alguma história importante sobre a sua vida e
sobre a sua personalidade e escreva um texto contando esta história.
Atividade
2 - Desenho de memória: Agora, feche os olhos e tente lembrar deste objeto, faça uma representação
dele no caderno de desenho a partir de sua memória.
Willian
Izidio.
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