Artes
Atividade voltada ao 3TA
Professor
Willian Izidio
Entregar a
atividade por e-mail ou whatsapp até o dia 28/08/2020
E-mail: wizidio@prof.educacao.sp.gov.br
Leia o
seguinte texto:
Ao observarmos nosso entorno podemos perceber que estamos
cercados por inúmeros objetos. Assim, os objetos vinculados aos indivíduos
podem dizer muito sobre eles, tanto aqueles que estão mais próximos do corpo, a
exemplo daqueles que compõem a indumentária e a vestimenta, quanto os que ficam
escondidos em gavetas, em caixas ou expostos nas estantes domésticas. Esses
objetos que são guardados e preservados pelo seu dono, aos poucos podem vir a
adquirir um valor sensível e uma importância simbólica tanto para ele próprio
quanto para os outros indivíduos, que porventura estiverem na sua presença,
principalmente para as pessoas mais próximas
Para Bachelard “a casa é o nosso canto do mundo. Ela é, como
se diz amiúde, o nosso primeiro universo. É um verdadeiro cosmos. A casa é
composta não só por paredes, telhados e pinturas, é composta por móveis e
objetos de várias categorias. Ao entrar na própria casa, o indivíduo entra
realmente em outro universo, em um espaço onde reproduz o seu estilo de vida,
os seus sonhos, desejos, medos, memórias e esquecimentos. Ao entrar na casa de
outra pessoa percebemos a disposição das coisas dentro do espaço, o tamanho dos
cômodos, a presença ou não de fotografias, objetos decorativos e demais
materiais que compõem o cenário doméstico. Os cômodos mais íntimos são espaços
mais secretos, onde o acesso não é tão permitido e utilizado como os outros.
Dentro do quarto é que estão os objetos mais íntimos, os maiores segredos.
A partir da reflexão
de Bachelard (1993), a casa é o espaço onde se guardam as memórias, as
relíquias, os segredos e os esquecimentos. Ao fazer o simples exercício de
fechar os olhos e se imaginar entrando na sua própria casa ou na casa de algum
familiar, várias coisas são lembradas e outras esquecidas. Bachelard afirma que
“é graças à casa que um grande número de nossas lembranças é guardado; e quando
a casa tem um porão, um sótão, cantos e corredores, nossas lembranças têm
refúgios cada vez mais bem caracterizados” (BACHELARD, 1993, p. 28).
Dessa maneira, lembramos principalmente das casas em que se
viveu e daquelas de pessoas próximas, as de familiares, por exemplo. A casa e
todas as suas composições, significados e memórias mostram um universo
particular onde poucos, e somente aqueles que os donos desejam, têm acesso.
Para Joana Bernardes (2010), a casa pode contar a história do seu habitante,
assim como as coisas que estão dentro dela. Sendo assim, é possível compreender
um pouco mais a vida de alguém a partir do entendimento desse espaço e do
cenário que o compõe (os objetos). Afinal, a casa é onde o indivíduo pode ser
ele mesmo, é o seu “canto”, onde não há tanta preocupação com o olhar dos
outros.
Atividade 1:Após identificar a relação entre “objeto e memória”, fotografe algum
objeto que tenha importância para você, que traga alguma história importante
sobre a sua vida e sobre a sua personalidade e escreva um texto contando esta
história.
Atividade 2 - Desenho de memória:Agora, feche os olhos e tente lembrar deste objeto,
faça uma representação dele no caderno de desenho a partir de sua memória.
Willian
Izidio.
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