quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Profº Willian Izídio - Artes - 3º TA (EJA)

 

Artes

Atividade voltada ao 3TA

 

Professor Willian Izidio

Entregar a atividade por e-mail ou whatsapp até o dia 28/08/2020

E-mail: wizidio@prof.educacao.sp.gov.br

 

Leia o seguinte texto:

 

Ao observarmos nosso entorno podemos perceber que estamos cercados por inúmeros objetos. Assim, os objetos vinculados aos indivíduos podem dizer muito sobre eles, tanto aqueles que estão mais próximos do corpo, a exemplo daqueles que compõem a indumentária e a vestimenta, quanto os que ficam escondidos em gavetas, em caixas ou expostos nas estantes domésticas. Esses objetos que são guardados e preservados pelo seu dono, aos poucos podem vir a adquirir um valor sensível e uma importância simbólica tanto para ele próprio quanto para os outros indivíduos, que porventura estiverem na sua presença, principalmente para as pessoas mais próximas

 

Para Bachelard “a casa é o nosso canto do mundo. Ela é, como se diz amiúde, o nosso primeiro universo. É um verdadeiro cosmos. A casa é composta não só por paredes, telhados e pinturas, é composta por móveis e objetos de várias categorias. Ao entrar na própria casa, o indivíduo entra realmente em outro universo, em um espaço onde reproduz o seu estilo de vida, os seus sonhos, desejos, medos, memórias e esquecimentos. Ao entrar na casa de outra pessoa percebemos a disposição das coisas dentro do espaço, o tamanho dos cômodos, a presença ou não de fotografias, objetos decorativos e demais materiais que compõem o cenário doméstico. Os cômodos mais íntimos são espaços mais secretos, onde o acesso não é tão permitido e utilizado como os outros. Dentro do quarto é que estão os objetos mais íntimos, os maiores segredos.

 

 A partir da reflexão de Bachelard (1993), a casa é o espaço onde se guardam as memórias, as relíquias, os segredos e os esquecimentos. Ao fazer o simples exercício de fechar os olhos e se imaginar entrando na sua própria casa ou na casa de algum familiar, várias coisas são lembradas e outras esquecidas. Bachelard afirma que “é graças à casa que um grande número de nossas lembranças é guardado; e quando a casa tem um porão, um sótão, cantos e corredores, nossas lembranças têm refúgios cada vez mais bem caracterizados” (BACHELARD, 1993, p. 28). 

 

Dessa maneira, lembramos principalmente das casas em que se viveu e daquelas de pessoas próximas, as de familiares, por exemplo. A casa e todas as suas composições, significados e memórias mostram um universo particular onde poucos, e somente aqueles que os donos desejam, têm acesso. Para Joana Bernardes (2010), a casa pode contar a história do seu habitante, assim como as coisas que estão dentro dela. Sendo assim, é possível compreender um pouco mais a vida de alguém a partir do entendimento desse espaço e do cenário que o compõe (os objetos). Afinal, a casa é onde o indivíduo pode ser ele mesmo, é o seu “canto”, onde não há tanta preocupação com o olhar dos outros. 

 

Atividade 1:Após identificar a relação entre “objeto e memória”, fotografe algum objeto que tenha importância para você, que traga alguma história importante sobre a sua vida e sobre a sua personalidade e escreva um texto contando esta história.

 

Atividade 2 - Desenho de memória:Agora, feche os olhos e tente lembrar deste objeto, faça uma representação dele no caderno de desenho a partir de sua memória.

 

Willian Izidio.

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