terça-feira, 28 de julho de 2020

PROF. SILVIA SIQUEIRA - LÍNGUA E LITERATURA - 2 ANOS A. B. C. D

E.E. PROF. FERNANDO BUONADUCE – 2º BIMESTRE (6) 

LÍNGUA E LITERATURA – 2º A, B, C e D (Prof.ª Silvia Siqueira) 28/07/2020 

TEMA: Leitura e análise de texto e obras literárias  
Enviar respostas por watts 9 9508-2569 ou por e-mail: silviasiqueira.malu@gmail.com. 
- PROSA ROMÂNTICA - Texto: O guarani de José de Alencar – (262) 
O Fragmento que você vai ler pertence ao capítulo VII da última parte de O guarani. Antes de lê-lo, vamos conhecer o enredo desse romance. 
Nos fins do século XVI a família Mariz instala uma fazenda às margens do Paquequer. Ali enfrentam diversos inimigos: o italiano Loredano, as agruras das florestas tropicais e os selvagens. Peri, o índio de “alma nobre”, procura salvar a família e servir humildemente a doce Cecília, mostrando-se um herói nos combates com os aimorés. Estes terminam por cercar a casa dos Mariz. Peri é batizado e incumbido de levar Ceci à civilização, antes que os aimorés matem a todos e incendeiem a casa. No caminho, Cecília decide ficar com Peri. O romance termina quando os dois são surpreendidos por uma enchente. Peri corta a palmeira na qual os dois se haviam refugiados e, em cima dela, são arrastados pela correnteza em direção a uma cachoeira. 
O guarani – Peleja 
Quando a família de D. Antônio de Mariz gozava dos primeiros momentos de tranquilidade que sucediam a tantas aflições, soou um grito na escada de pedra. 
Cecília levantou-se estremecendo de alegria e felicidade; tinha reconhecido a voz de Peri. 
No momento em que ia correr ao encontro de seu amigo, mestre Nunes já tinha abaixado uma prancha que servia de ponte levadiça, e Peri chegava à porta da sala. (...) 
Peri trazia nos seus ombros o corpo inanimado de Álvaro; e no rosto uma expressão de tristeza profunda. Atravessando a sala, depôs sobre o sofá o seu fardo precioso, e olhando o rosto lívido daquele que fora seu amigo, enxugou uma lágrima que lhe corria pela face. (...) 
Depois dessa primeira comoção produzida pela chegada de Peri, o fidalgo interrogou o índio e ouviu de sua boca a narração breve dos acontecimentos, cuja peripécia tinha diante dos olhos. 
Eis o que havia passado. (...) 
Havia uma hora que durava esse combate, começando com armas de fogo; mas os aimorés atacavam com tanta fúria, que breve tinham chegado à luta corpo a corpo e à arma branca. 
No momento em que Peri assomava à margem da clareia, um incidente veio modificar a face do combate. 
O aventureiro que dava as costas a Álvaro, levado pelo ardor da peleja, adiantou-se alguns passos para ferir o inimigo; os selvagens o envolveram, deixando a coluna interrompida e Álvaro sem defesa. (...) 
Desde porém que os aimorés viram o moço sem defesa pelas costas, e exposto aos seus golpes, concentraram-se nesse ponto; um deles, adiantando-se, ergueu com as duas mãos a pesada tangapema e atirou-a ao alto da cabeça de Álvaro. 
O moço caiu; mas na sua queda a espada descreveu ainda um semicírculo e abateu o inimigo que o tinha ferido à traição; a dor violenta dera a esse último golpe uma força sobrenatural. 
Quando os índios iam precipitar-se sobre o cavaleiro, Peri saltou no meio deles, e agarrando a espingarda que estava a seus pés, fez dela uma arma terrível, uma clava formidável, cujo poder em breve sentiram os aimorés. Apenas se viu livre do turbilhão dos inimigos, o índio tomou Álvaro nos ombros, e abrindo caminho com a sua arma temível, lançou-se pela floresta e desapareceu. 
Alguns o seguiram; mas Peri voltou-se e fê-los arrepender-se de sua ousadia; livrando-se do peso que levava, carregou a espingarda com as munições que Álvaro trazia e mandou uma bala àquele que o perseguia mais de perto; os outros, que já o conheciam pelo combate da véspera, retrocederam. 
A ideia de Peri era salvar Álvaro, não só pela amizade que lhe tinha, como por causa de Cecília, que ele supunha amar o cavaleiro; vendo porém que o corpo continuava inanimado, acreditou que Álvaro estava morto. 
Apesar disso não desistiu do seu propósito; morto ou vivo devia leva-lo àqueles que o amavam, ou para  
O restituírem à vida, ou para derramarem sobre seu corpo o pranto da despedida. 

Margens do texto:  Filme https://www.youtube.com/watch?v=_KhtgxYVEB0 

  1. Que características da casa de D. Antônio de Mariz nos lembra um castelo medieval? 

  1. Como pode ser caracterizado o sentimento de Peri em relação à morte de Álvaro? Justifique sua resposta com duas citações do texto. 

  1. O que pretendeu o narrador ao demonstrar ao leitor o caráter extremamente humano e sentimental de Peri? 

  1. Apesar de se inscrever na temática indianista, o narrador focaliza personagens do início da nossa colonização. Que caráter isso dá ao texto? 

Para complementar seu entendimento e conhecimento da obra segue sugestão de leitura da obra ou assistirem ao filme no you tube. 
Livro - O Guarani - Livros de Literatura Juvenil - Magazine Luiza 


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