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quarta-feira, 15 de julho de 2020
Professora Ana Martins 7 ano - História
Povos e Culturas Áfricas: Malineses, Bantos e Iorubás
A África é um continente com mais de 30 milhões de quilômetros quadrados, dezenas de países e centenas de povos com culturas e línguas singulares. Por ser o berço da humanidade e o lugar de origem dos ancestrais de milhões de brasileiros, a África e sua história têm grande importância para nós.
Atividade:
1. A África é o berço da humanidade; apesar disso, sua história é pouco conhecida. Leia as afirmações e copie em seu caderno as verdadeiras. Justifique suas escolhas. a) A África é um país com muitos povos e línguas diferentes. b) A África é um continente habitado exclusivamente por povos negros. c) A África é um continente com 54 países (2018) e mais de 30 milhões de
quilômetros quadrados. d) A história da África negra tem ligações com a história do Brasil. e) Grande parte da população brasileira descendo de povos africanos.
A formação do Império do Mali
Contam os griós que tudo começou com o príncipe de etnia mandinga chamada Sundiata Keita. Ela e seus guerreiros venceram os sossos, seus opressores, na batalha de Kirina, em 1235. E, depois de vencer também outros povos vizinhos, fundaram o império do Mali.
No poder, Sundiata Keita converteu-se ao islamismo, religião criada por Maomé e cujo princípio fundamental é a crença num único Deus. Segundo alguns historiadores, ele se converteu movido pela ideia de poder participar do comércio que, na época, era controlado pelos árabes islâmicos.
No Mali, o imperador era a maior autoridade, mas ele ouvia seus auxiliares (o conselho); e, sempre que precisava tomar uma decisão importante, ouvia também dois altos funcionários: o chefe das forças armadas e o senhor do tesouro, que era responsável pela guarda dos depósitos de ouro, marfim, cobre e pedras preciosas.
Sundiata Keita preocupou-se também em proteger o império dos ataques dos berberes; por isso, deslocou sua capital para Niani ao sul do Mali. Nas estradas que ligavam Niani à região nordeste, se formaram importantes cidades africanas, como Djenné, Gao e Tombuctu.
Atividade:
2. Corrija a alternativa INCORRETA em seu caderno e justifique a sua escolha.
a) Segundo a tradição oral, no início do século XIII, na África ocidental, os guerreiros mandigas liderados pelo príncipe Sundiata Keita constituíram o império do Mali. b) No poder, Sundaita Keita converteu-se ao catolicismo e, para proteger o seu império dos ataques dos beberes, deslocou sua capital para Tombuctu, no nordeste do Império. c) O Império do Mali era o maior produtor de ouro da África ocidental, mas sua população praticava também a agropecuária, o artesanato e o comércio. d) Os mercadores malineses (conhecidos como wangara) comercializavam
sobretudo ouro, cobre, sal e noz-de-cola.
Economia malinesa
O Império do Mali era o maior produtor de ouro da África ocidadental, mas sua população praticava também a agropecuária, o artesanato e o comércio. No vale do rio Níger, os malineses culivavam arroz, milhete, inhame, algodão e feijão; e, além disso, criavam bovinos, ovinos e caprinos. Os malineses eram habilidosos no trabalho em metal e em madeira.
Os mercadores malineses (conhecidos como wangara) comercializavam sobretudo ouro, cobre, sal e noz-de-cola. Mali, o cobre era muito apreciado, e o sal, quase tão valioso quando o ouro. Na África ocidental, os malineses são conhecidos até hoje como bons comerciantes.
Atividade:
3. Identifique a alternativa INCORRETA e justifique sua escolha em seu caderno.
a) À frente do povo mandiga, Sundiata Keita venceu o povo sosso e fundou o
império do Mali. b) No poder, Sundiata Keita converteu-se ao islamismo, organizou o seu
império do Mali. c) O império do Mali era pouco extenso e teve curta duração. d) A base da economia malinesa era a mineração (ouro e cobre), a agricultura
(milhete, inhame e algodão) e a pecuária (bovina, ovinos e caprinos).
Atividade: PARA REFLETIR
4. Leia o texto com atenção.
A noz-de-cola é um produto da floresta [...]. No interior desse fruto de diversas variedades, ficam os gomos, com um sumo extermamente amargo, que, ao ser consumido nas regiões áridos do deserto [...], sacia e sede e produz uma sensação de bem-estar graças ao seu alto teor da cafeína.
De conservação delicada, era transportado com cuidado, envolto em folhas verdes e largas, tendo de ser constantemente reembalado para que seu frescor fosse mantido. Oferecido aos visitantes ilustres, não podia faltar entre os bens das pessoas de maior distinção. [...] Tinha alto valor de troca, o que compensava as longas distâncias e os cuidados especiais relacionados ao seu comércio.
No Brasil a noz-de-cola, conhecido como obi e orobo, tem lugar de destaque na realização de alguns cultos religiosos afro-brasileiros.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática 2006.p.18
a. A noz-de-cola é uma planta nativa da África. Para que serve o seu fruto? b. A noz-de-cola exigia cuidados especiais no seu transporte e na sua conservação. Apesar disso, era muito vendido nos mercados de Tombuctu. Como você explica isso?
A força e o declínio do Império do Mali
O império do Mali controlou uma área imensa, chegou a ter cerca de 45 milhões de habitantes e durou 230 anos. Segundo o historiador José Rivair de Macedo, a longa duração e o poder do Império do Mali podem ser explicados pelos seguintes motivos:
• Possuía um poderoso exército composto de arqueiros, lanceiros e cavaleiros com capacidade de reprimir rebeldes em caso de revolta;
• Controlava as áreas de extração do ouro;
• Tinha uma estrutura administrativa eficiente, com representantes nas áreas sob seu domínio;
• Adotava uma política de consulta aos povos dominados e respeitava suas tradições e religiões.
O Mali, maior império africano daqueles tempos, conservou suas lideranças na região até a metade do século XV, quando entrou em declínio devido a conflitos entre seus líderes e ao surgimento de novo centros de poder.
Atividade:
5. Corrija a alternativa INCORRETA em seu caderno e justifique sua escolha. Segundo o Historiador José Rivair de Macedo, a longa duração e o poder do império do Mali podem ser explicados pelos seguintes motivos: a. Possuía um poderoso exército composto de arqueiros, lanceiros e cavaleiros; b. Controlava as áreas de extração do ouro; c. Tinha capacidade de reprimir rebeldes em caso de revolta; d. Adotava uma política de imposição de costumes aos povos dominados. 6. O que explicar a força e a duração do Império do Mali?
O Reino do Congo
A bacia do rio Zarie, chamado de Congo pelos portugueses, era habitada desde longo tempo por grupos bantos, como o bacongo, o lunda e o quicongo. Segundo uma tradiçãono final do século XIII, os bacongos dominaram grupos menores falantes das línguas Umbundo e quicongo. Sob a liderança um líder lendário de nome Nimi-a- Lukeni, eles expandiram seus domínios por meio de guerras, alianças e da cobrança de tributos.
Nimi-a-Lukeni recebeu o título de manicongo (senhor do Congo) e passou a ser considerado o herói fundador do Reino do Congo. Depois, edificou seu palácio em Mbanza Congo e, a partir desse centro de poder, o Reino do Congo passou a controlar um amplo território.
Na capital, o manicongo exercia sua autoridade com auxílio de 12 conselheiros, entre os quais estavam os secretários reais, os oficiais militares, os homens da Lei e os coletores de impostos, entre outros. Desses 12 conselheiros, quatro eram mulheres e representavam o clã das avós do rei.
Os congos conheciam técnicas apuradas de fusão do ferro. Segundo a tradição, o fundador do Reino do Congo era um rei ferreiro, por isso os trabalhos em ferro eram reservados aos nobres.
No Congo, o comércio era intenso. Da capital do Congo partiam as caravanas que iam ao interior buscar ou levar produtos, com especial destaque para o ferro e o sal. O ferro era extraído na província de Nsundi, no norte do reino. Já o sal, raro e precioso, vinha das salinas de Mpinda e da província de Ndembu, no sul.
Aldeias (Iubatas) e cidades (Mbanzas) pagavam tributos ao manicongo, que, em troca lhe oferecia proteção espiritual, pois era visto como intérprete da vontade dos ancestrais e dos espíritos. Os tributos eram pagos em espécies (sorgo, vinho da palma, metais, frutas, gado, marfim e peles) e em dinheiro. A moeda do Congo era o nzimbu, uma espécie de concha marinha pescada na ilha de Luanda; a exploração dessas conchas era monopólio do Rei. O manicongo repartia parte dos bens arrecadados com os líderes de linhagens e das aldeias, estabelecendo, assim, uma aliança e um equilíbrio de poder no Reino.
Atividade:
7. Em seu caderno, copie as alternativas verdadeiras.
Sobre o Reino do Congo, é correto dizer: a. Nimi-a-Lukeni recebeu o título de manicongo (senhor do Congo) e é
considerado o herói fundador do Reino do Congo. b. Os 12 conselheiros do manicongo eram todos homens com idade superior a
60 anos. c. Entre os congos, as mulheres se dedicavam à caça, e à coleta de alimentos;
já o trabalho na agricultura era feita por homens. d. Os congos conheciam técnicas apuradas de fusão do ferro. Segundo a tradição, o fundador do Reino do Congo era um rei ferreiro, por isso os trabalhos em ferro eram reservados aos nobres. e. A moeda do Congo era o nzimbu, uma espécie de concha marinha obtida na
ilha de Luanda; a exploração dessas conchas era monopólio do rei. f. Os tributos eram pagos em espécie (sorgo, vinho da palma, metais, frutos,
gado, marfim e peles) e em dinheiro.
Os bantos
Na África, ao sul do deserto do Saara, viviam e vivem ainda hoje os bantos, povos que possuíam uma origem comum e falavam línguas aparentadas denominadas de bantas.
Por volta de 1500 a.C., os povos bantos partiram de onde é hoje a República de Camarões e foram se deslocando para o centro, o leste e o sul do continente africano; esse deslocamento durou cerca de 2500 anos e foi a maior migração já vista na história da África subsaariana. Durante seu deslocamento, os bantos domesticaram plantas e animais e conquistaram povos que viviam de caça e da pesca.
Os bantos eram povos agriculturas e tinham domínio da técnica de produção do ferro, usado por eles para fazer instrumentos de trabalho e armas de guerra; isso os colocava em vantagem sobre os povos que desconheciam a técnica da metalurgia e ajuda a explicar sua vitória sobre esses povos. Assim, as regiões ocupadas pelos bantos tornaram-se terras de agricultores que dominavam a metalurgia.
Atividade:
8. Razões da expansão dos bantos
Os estudiosos formularam duas teorias para explicar a extraordinária expansão e conquista territorial dos bantos pela África. A primeira defende que, por serem bons agricultores, os bantos conseguiam se alimentar melhor, viver mais tempo e se multiplicar com rapidez; com esse aumento da população, foi preciso buscar novas terras para plantar e viver. Daí a velocidade e a abrangência da expansão banta.
Outra teoria associa a expansão dos bantos ao domínio do ferro, com qual faziam armas mais eficientes. De posse dessas armas, venciam os adversários que iam encontrado pelo caminho, ocupando novos espaços em pouco tempo.
• Qual das duas explicações você considera mais convincente?
O significado das palavras:
• Árida: seca.
• Etnia: Grupos com modo de vida próprio com uma história comum falante da mesma língua e que partilha os mesmos valores, mitos e crenças.
• Império: Unidade política que congrega várias outras unidades, que podem ser compostas por povos difentes entre si que mantêm suas formas de governar locais, mas prestam obediência ao poder central, controlado pelo chefe de todos os chefes.
• Metalurgia: trabalho que transforma metais em objetos
• Milhete: variedade de milho de grão muito miúdo.
Orientações:
Leia os textos antes de responder as perguntas. Não precisa cópia os textos e nem as perguntas. Para entregar as atividades, poder responder no caderno e tira foto ou no computador envia por e-mail. Duvida pode entra em contato pelo e-mail: anamcarvalho@prof.educacao.sp.gov.br ou pelo telefone whatsApp.: (11) 940102767. Professora Ana Maria História.
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● Ler a matéria disponibilizada via link; ● Fazer uma redação a respeito do tema abordado https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/danta-sen...
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