quarta-feira, 10 de junho de 2020

Prof Willian Izidio Artes 9F e G


Artes
Atividade destinada ao 9ºF e G
Prof. Willian Izidio
WhatsApp: 11 943255509
Olá alunos,
No bimestre passado estudamos um pouco sobre arte africana e afrobrasileira, neste bimestre estudaremos um pouco sobre os ritmos e danças provenientes dessa cultura. Faremos menos atividades, mas teremos mais leituras e conteúdo para assistir. Portanto, as atividades que serão feitas no decorrer do bimestre serão poucas, mas definirão a nota de vocês.
Leia o texto a seguir:
O funk
funk surge no sul dos Estados Unidos, nos anos 60, criado por músicos negros como Horace Silver, James Brown, George Clinton, entre outros.

Como toda criação artística fica difícil apontar apenas um único inventor para o funk. No entanto, James Brown é um dos nomes mais importantes para o surgimento do funk. Este gênero musical surgiu da combinação de vários ritmos negros populares como o blues, gospel, jazz e soul, que faziam sucesso nos Estados Unidos.

A palavra “funk” ou “funky” era usada pelos músicos de jazz como uma forma de pedir aos colegas de banda que pusessem mais “força” ao ritmo. Alguns estudiosos apontam que poderia ser a fusão entre o vocábulo quibundo "lu-fuki" e o inglês “stinky”. Desta maneira, os términos funk e funky foram evoluindo para descrever uma música com batida constante e melodia que permitisse dançar.

Evolução do Funk:

Década de 60

A década de 60 marcou a aparição do funk como estilo independente através de James Brown (1933-2006).
Brown cresceu no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, e sua vida foi marcada pela segregação racial. Ali absorveu toda a música que os negros faziam, tanto o gospel, como blues e as inovações de Horace Silver que aceleravam a batida soul.
Aprendeu a tocar gaita, guitarra e a cantar, e inventa seu próprio caminho musical ao enfatizar o primeiro tempo do compasso. Sucessos como “Papa got a new brand bag” ou “I feel good” são as primeiras compostas neste novo estilo musical.
Assim, estava criado o funk que influenciaria toda uma geração de músicos americanos e estrangeiros.
O ritmo, nesta época, também está intimamente ligado à luta pelos Direitos Civis nos Estados Unidos. As letras contavam o cotidiano de discriminação e da falta de perspectiva dos afrodescendentes.
Igualmente, à medida que o funk atingia mais pessoas, os negros americanos tinham um motivo para se orgulhar ao ver que sua cultura se espalhava nos lares brancos.

Década de 70

Na década de 70, experimenta-se o funk com a música eletrônica e com o rock.
Com a popularização do disco de vinil e a aparição de equipamentos mais potentes, os músicos não precisam estar presentes fisicamente para produzir música.
Desta maneira, surge a profissão de DJ, que será o responsável por misturar distintas melodias e ritmos dentro de uma mesma canção. Este gênero musical vai para as discotecas e conquista artistas pop, como Michael Jackson (1958-2009), cuja canção “Don’t Stop 'Til You Get Enough”, revela a influência da batida funk.
Por outro lado, músicos como George Clinton (1941), misturam o funk com as guitarras e os longos temas que caracterizam o rock progressivo e o psicodélico. Temas como “Hit It and Quit It” retratam esta experiência.

Década de 80

O surgimento dos sintetizadores e a consolidação da música eletrônica dão espaço para a combinação entre o funk e o hip hop. Há duas vertentes distintas: uma oriunda dos bairros de população negra de Miami, com um ritmo mais acelerado, e outra originária de Nova York.
As batidas são mais repetitivas, pois agora basta programar o teclado ou o sampler para que as executem indefinidamente. Na vertente praticada pelo movimento Miami Bass, as letras e as coreografias são mais erotizadas e possuem influência cubana como a rumba.
Nessa década se verifica a aproximação do funk com a poesia do rap, algo que fará muito sucesso no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro.
Bandas de rock como a americana Red Hot Chilli Peppers usam as batidas do funk com a estrutura do rock, criando o rock-funk. A canção "Give it away" é um bom exemplo desta fusão.

Década de 90 até o século XXI

Durante a década de 90, o funk se mescla com o hip hop e o rap, consolidando sua vocação para estar juntos aos estilos da periferia das grandes cidades.
Grupos como o americano "Linving Colour" e o britânico "Jamiroquai" utilizaram a batida funk para criar um novo estilo de rock mais dançante.
Igualmente, grupos de música eletrônica incorporaram o funk e acentuaram o ritmo através do uso de sintetizadores. Outras vertentes surgidas nesta época foram o electro-funk, o boogie e o go-go.
Na próxima atividade, estudaremos a história do Funk no Brasil.

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