Artes
Atividade destinada ao 9ºF e G
Prof. Willian Izidio
WhatsApp: 11 943255509
Olá alunos,
No bimestre passado estudamos
um pouco sobre arte africana e afrobrasileira, neste bimestre estudaremos um
pouco sobre os ritmos e danças provenientes dessa cultura. Faremos menos
atividades, mas teremos mais leituras e conteúdo para assistir. Portanto, as
atividades que serão feitas no decorrer do bimestre serão poucas, mas definirão
a nota de vocês.
Leia o texto a seguir:
O funk
O funk surge
no sul dos Estados Unidos, nos anos 60, criado por músicos negros como Horace
Silver, James Brown, George Clinton, entre outros.
Como
toda criação artística fica difícil apontar apenas um único inventor para o
funk. No entanto, James
Brown é um dos nomes mais importantes para o surgimento do
funk. Este gênero musical surgiu da combinação de vários ritmos negros
populares como o blues, gospel, jazz e soul, que faziam sucesso nos Estados
Unidos.
A
palavra “funk” ou “funky” era usada pelos músicos
de jazz como uma forma de pedir aos colegas de banda que pusessem mais “força”
ao ritmo. Alguns estudiosos apontam que poderia ser a fusão entre o vocábulo
quibundo "lu-fuki" e o inglês “stinky”.
Desta maneira, os términos funk e funky foram
evoluindo para descrever uma música com batida constante e melodia que
permitisse dançar.
Evolução do Funk:
Década
de 60
A década de 60 marcou a aparição do funk como
estilo independente através de James Brown (1933-2006).
Brown cresceu no estado da Geórgia, nos
Estados Unidos, e sua vida foi marcada pela segregação racial. Ali absorveu
toda a música que os negros faziam, tanto o gospel, como blues e as inovações
de Horace Silver que aceleravam a batida soul.
Aprendeu a tocar gaita, guitarra e a cantar,
e inventa seu próprio caminho musical ao enfatizar o primeiro tempo do
compasso. Sucessos como “Papa got a new brand bag” ou “I feel
good” são as primeiras compostas neste novo estilo musical.
Assim, estava criado o funk que influenciaria
toda uma geração de músicos americanos e estrangeiros.
O ritmo, nesta época, também está intimamente
ligado à luta pelos Direitos Civis nos Estados Unidos. As letras contavam o
cotidiano de discriminação e da falta de perspectiva dos afrodescendentes.
Igualmente, à medida que o funk atingia mais
pessoas, os negros americanos tinham um motivo para se orgulhar ao ver que sua
cultura se espalhava nos lares brancos.
Década
de 70
Na década de 70, experimenta-se o funk com a
música eletrônica e com o rock.
Com a popularização do disco de vinil e a
aparição de equipamentos mais potentes, os músicos não precisam estar presentes
fisicamente para produzir música.
Desta maneira, surge a profissão de DJ, que
será o responsável por misturar distintas melodias e ritmos dentro de uma mesma
canção. Este gênero musical vai para as discotecas e conquista artistas pop,
como Michael Jackson (1958-2009), cuja canção “Don’t
Stop 'Til You Get Enough”, revela a influência da batida funk.
Por outro lado, músicos como George Clinton
(1941), misturam o funk com as guitarras e os longos temas que caracterizam o
rock progressivo e o psicodélico. Temas como “Hit It
and Quit It” retratam esta experiência.
Década
de 80
O surgimento dos sintetizadores e a
consolidação da música eletrônica dão espaço para a combinação entre o funk e o
hip hop. Há duas vertentes distintas: uma oriunda dos bairros de população
negra de Miami, com um ritmo mais acelerado, e outra originária de Nova York.
As batidas são mais repetitivas, pois agora
basta programar o teclado ou o sampler para que as executem
indefinidamente. Na vertente praticada pelo movimento Miami Bass, as letras e
as coreografias são mais erotizadas e possuem influência cubana como a rumba.
Nessa década se verifica a aproximação do
funk com a poesia do rap, algo que fará muito sucesso no Brasil, especialmente
no Rio de Janeiro.
Bandas de rock como a americana Red Hot
Chilli Peppers usam as batidas do funk com a estrutura do rock, criando o
rock-funk. A canção "Give it away"
é um bom exemplo desta fusão.
Década
de 90 até o século XXI
Durante a década de 90, o funk se mescla com
o hip hop e o rap, consolidando sua vocação para estar juntos aos estilos da
periferia das grandes cidades.
Grupos como o americano "Linving
Colour" e o britânico "Jamiroquai" utilizaram a batida funk para
criar um novo estilo de rock mais dançante.
Igualmente, grupos de música eletrônica
incorporaram o funk e acentuaram o ritmo através do uso de sintetizadores.
Outras vertentes surgidas nesta época foram o electro-funk, o boogie e o go-go.
Na próxima atividade, estudaremos a história
do Funk no Brasil.
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