segunda-feira, 13 de julho de 2020

HISTÓRIA - 9°ANO Professor Leonardo

Segue abaixo um resumo da disciplina de História para os alunos do 9° ano, referente à aula do Centro de Mídias dos dias 17/06 (1° Guerra Mundial), 24/06 (Revolução Russa), 26/06 (A Crise Econômica de 1929) e 01/07 (2° Guerra Mundial). Não precisa copiar no caderno, serve para consulta.

RESUMO HISTÓRIA - 9°ANO - JUNHO/JULHO

· PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
· REVOLUÇÃO RUSSA
· CRISE DE 1929
· ASCENSÃO DO TOTALITARISMO
· SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

1° GUERRA MUNDIAL 1914 - 1918

ANTECEDENTES E CAUSAS

“BELLE EPOQUE”(bela época em francês): período do final do século XIX e início do século XX caracterizado pelo domínio das burguesias europeias, avanço científico e expansão comercial. Esse período é marcado pela certeza nos avanços sociais e no futuro das sociedades burguesas.
CAUSAS:
O crescimento do nacionalismo: ideologia crescente em regiões da Europa, defendendo a luta de povos e etnias pela formação de seus próprios projetos de nação.
Rivalidades imperialistas: a unificação da Alemanha, alterou o cenário político econômico europeu.
Política de alianças: formação de 2 blocos de alianças:
· Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Hungria e Itália.
· Tríplice Entente: Grã Bretanha, França e Rússia.
Corrida armamentista: o aumento da tensão política resultou em um forte investimento militar, com o aumento dos efetivos militares e inovações tecnológicas e o desenvolvimento de novas armas e equipamentos militares.

O INÍCIO
A Península Balcânica, o barril de pólvora: A região, considerada estratégica na ligação entre o ocidente e o oriente foi disputada pelos impérios russos, austro-hungáro e turco. Além de disputas nacionalistas e movimentos de independência na Sérvia e Bósnia. Em junho de 1914, o herdeiro austríaco, o arquiduque Francisco Ferdinando foi assassinado em Sarajevo. A resposta das alianças políticas tornou um conflito regional em uma guerra generalizada.

O CONFLITO
Nos primeiros meses de batalha, a Tríplice Aliança avançou, conquistando territórios nos Balcãs, na Rússia e na Bélgica, se aproximando de Paris. Daí em diante, houve um equilíbrio e os combates ficaram conhecidos como guerra de trincheiras. As trincheiras eram redes de valas cavadas no solo para tentar se proteger do ataque inimigo.
No mar, a Marinha britânica era poderosa, mas estava sendo surpreendida pelos submarinos alemães, que atacavam até navios mercantes. A Itália rompe com a Aliança e declara guerra à Áustria. O Império Turco se une aos alemães e massacram armênios, gregos e assírios.
O conflito se tornou interminável e o número de mortos aumentava com as novas armas introduzidas no campo de batalha: gás venenoso (cloro e gás “mostarda”), ataques aéreos com balões dirigíveis e aviões, minas terrestres e uma enorme quantidade de explosivos.
Em 1917, o EUA entra no conflito, após ataques de submarinos alemães a navios norte americanos no Oceano Atlântico. Na Frente Oriental, a Rússia se retira da guerra após a vitória bolchevique. Por fim, na Frente Ocidental, a entrada dos norte americanos reforçou de forma decisiva, a vantagem para a Tríplice Entente, obrigando o recuo e por fim, a rendição dos alemães.

AS CONSEQUÊNCIAS
· Isolado fisicamente do conflito, o EUA se tornam a principal potência mundial, lugar até então ocupado pela Inglaterra, e financia a reconstrução da Europa com 10 bilhões de dólares.
· Na Rússia, a tomada de poder dos bolcheviques tornou-se uma referência para os movimentos operários e socialistas no mundo e uma onda de greves varre a Europa em virtude do descontentamento social.
· A divisão territorial dos países derrotados, os impérios centrais, tais como o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro,Turco Otomano e Russo. Surgem novos países na Europa: Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Tchecoslováquia, Áustria, Hungria e Iugoslávia.
· Entre os vários acordos de paz, destaca-se o Tratado de Versalhes, que responsabilizou a Alemanha pelo conflito. A Alemanha perdeu partes de seus territórios, perdeu suas colônias na África e Ásia, perdeu sua marinha e teve que pagar pesadas indenizações aos países vencedores. Graves crises se sucederam na Alemanha após a guerra. Na década de 1920, formou-se um governo liberal, apoiado pelos EUA, conhecido como a República de Weimar, mas que também não conseguiu equilibrar a economia.

A REVOLUÇÃO RUSSA

A RÚSSIA DOS CZARES: O Império Russo era governado pela dinastia Romanov, chamados de Czar, desde o século XVII. Era uma monarquia absoluta, apoiada pela aristocracia rural e pela Igreja Ortodoxa. A maioria da população (cerca de 80%) era formada pelos camponeses, explorados pelos donos de terras.

A INDUSTRIALIZAÇÃO DA RÚSSIA E A LUTA OPERÁRIA
No final do século XIX, a Rússia iniciou um processo de industrialização, com forte presença de empresas estrangeiras nos setores de carvão, gás, petróleo e metalurgia. Centros industriais se formaram e junto uma nova classe de trabalhadores, os operários de fábricas. Com o tempo esses operários passaram a se organizar e a lutar por direitos trabalhistas. Nesse contexto, aconteceram o assassinato do Czar Alexandre II, as revoltas de 1905 e a formação dos conselhos de trabalhadores, chamados de SOVIETES.

A CRISE DA MONARQUIA
A participação da Rússia na 1° guerra contribuiu para o aumento da agitação social. Camponeses recrutados para o Exército, problemas de abastecimento e crise econômica levaram a queda da monarquia.

A REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO DE 1917
Com a queda da monarquia, formou-se um governo provisório, com a participação de liberais e membros moderados dos Sovietes, chamados de Mencheviques. Alexander Kerensky foi o líder do governo provisório. Entretanto, a manutenção da Rússia na 1° guerra resultou em uma nova onda de protestos, desta vez, lideradas pelos Bolcheviques, grupo mais radical dos Sovietes, liderados por Vladimir Lenin.

A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO DE 1917
Sob o lema “Terra, paz e pão”, os bolcheviques tomaram o poder na Rússia. Os Bolcheviques adotam várias ideias socialistas, como uma ampla reforma agrária, tomando terras da nobreza e do clero, passando para o controle dos sovietes rurais; indústrias, usinas, ferrovias, minas de ferro e carvão passa a ser controladas pelo Estado. A Revolução se expandiu para outras repúblicas, como a Ucrânia. No poder, os bolcheviques se retiram da guerra, assinando o Tratado de Brest-Litovsk com a Alemanha. Entre 1918-1921, A Rússia mergulha em uma violenta Guerra Civil, vencida pelo exército bolchevique, chamado de Exército Vermelho.
Em 1922 é criada a URSS, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, formada por 15 repúblicas lideradas pela Rússia. Os bolcheviques se transformam no Partido Comunista.


A DITADURA DE STALIN
Com a morte de Lenin, em 1924, inicia-se uma disputa política entre os dois maiores dirigentes soviéticos, L. Trotsky (comandante do Exército Vermelho) e J. Stalin (secretario geral do PC). Stalin vence e se torna o sucessor de Lenin. Sob o comando de Stalin (1924-1953), a URSS se torna um regime Totalitário, toda a oposição é reprimida, lideres da revolução são presos, deportados, exilados e mortos pelo regime. Sob o comando de Stalin, 5 milhões de soviéticos são presos e 500 mil são executados. Stalin comanda a URSS durante a 2° Guerra e vence a Alemanha nazista, ocupando Berlim em Março de 1945.

A CRISE ECONÔMICA DE 1929

ANTECEDENTES DA CRISE
Com o fim da Grande Guerra, a economia norte americana viveu um período de prosperidade. Com os empréstimos e o início da reconstrução da Europa, as empresa norte americanas passaram a produzir e vender num ritmo muito acelerado, gerando empregos e novos negócios. Porém, na segunda metade da década de 1920, o mercado europeu se recuperava e as exportações diminuíram. Mas a facilidade de crédito continuou estimulando as empresas. Resultado: Estoques cheios, sem ter para quem vender. Uma crise de superprodução.

A QUEBRA DA BOLSA DE NOVA YORK
Em 24 de outubro de 1929, o mercado ruiu. Percebeu-se que os empréstimos que haviam sido feitos não seriam pagos. O preço das ações despencou e empresas e bancos começaram a falir. Esse dia foi chamado de “Crack” da Bolsa de Nova York.

AS CONSEQUÊNCIAS
A crise de 1929 tornou-se a maior crise do capitalismo, afetando não apenas o EUA, como os demais continentes. Milhares de desempregados, indústrias paralisadas, fazendas em ruínas, bancos fechados. Na Europa, o nível do desemprego ficava em torno de 30%. A Alemanha, que dependia do financiamento norte americano teve uma inflação recorde. Países agrários, como o Brasil também tiveram suas exportações paralisadas (exemplo do café).

O “NEW DEAL” (NOVO ACORDO) E A RECUPERAÇÃO ECONÔMICA.
Em 1932, é eleito presidente do EUA, o democrata Franklin D. Roosevelt, influenciado pelas ideias do economista inglês John M. Keynes, criou um programa de recuperação econômica, chamado “New Deal”. Abandonou-se as ideias do liberalismo econômico, e o Estado passaria a ter uma maior participação na economia, direcionado os investimentos privados. Criou-se um grande programa de obras públicas de infraestrutura, financiado pelo Estado, gerando milhões de empregos, criou-se uma linha de crédito para os agricultores e eliminou impostos para indústrias exportadoras. Mesmo assim, apenas depois da 2° guerra, a economia do EUA atingiria os níveis anteriores a 1929.

OS REGIMES TOTALITÁRIOS TOMAM A EUROPA

CARACTERÍSTICAS GERAIS
 O Totalitarismo é o regime autoritário mais extremo. Nessa forma de governo, os interesses do Estado estão acima dos interesses individuais do cidadão. Antidemocrático, repressão à oposição política violenta, forte propaganda política, culto a personalidade do líder e um discurso nacionalista (e muitas vezes xenófobo) são algumas características do totalitarismo.

O FASCISMO NA ITÁLIA
Ligado a figura de Benito Mussolini, ex-combatente da 1° Guerra. Mussolini se tornou um jornalista, escreveu primeiro no jornal socialista “Avanti”, e depois no jornal nacionalista “II Popolo d’Itália”. É fundador de uma organização chamada “Fasci Italiani di Combatimento”. Em 1922, os fascistas realizam a Marcha para Roma. Mussolini é nomeado, pelo rei Vitor Emanuel III, ao cargo de Primeiro Ministro. No poder, persegue a oposição política, torna-se um ditador e inicia uma campanha de expansão territorial na África e na Albânia. Em 1936 alia-se a Alemanha Nazista, formando o Eixo Roma–Berlim na 2° Guerra. Em 1943, Mussolini é derrubado do poder e preso. Foge da prisão com apoio alemão,mas é novamente captado e executado em 1945.

O NAZISMO NA ALEMANHA
Ligado a figura de Adolf Hitler, austríaco e ex-combatente da 1° Guerra. Assim, como muitos alemães nacionalistas que não aceitavam a rendição e o Tratado de Versalhes. Se une a um pequeno partido nacionalista, com a sigla NAZI – Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Lidera uma tentativa de golpe é preso em 1923. Na prisão, escreve o livro “Mein Kamp” (Minha Luta) e lança as bases da ideologia nazista; Totalitário, anti comunista, anti semita (contra os judeus) e pan germanismo (a ideia da superioridade germânica). Após 1929, com Hitler já fora da prisão, o partido aumenta sua popularidade, e em meio ao caos da crise econômica, o partido se torna a 3° via, entre liberais e socialistas. Em 1933 Hitler é nomeado chanceler e em 1934 se torna presidente e instaura o III Reich( assim chamado pelos nazistas, reich = império).
A EXPANSÃO NAZISTA
A Alemanha rompe os acordos do Tratado de Versalhes e começa a se rearmar e a formar um exército.A Alemanha recupera sua economia, com fortes investimentos do Estado. Hitler assume uma política expansionista, chamada de Espaço Vital. Em 1938, a Alemanha anexa a Áustria (sem reação austríaca) e depois assina o Acordo de Munique (com França e Inglaterra) e ocupa a região do Sudetos, na Tchecoslováquia. Logo em 1939, a Alemanha ocupa praticamente toda a Tchecoslováquia (Boêmia, Morávia e Silésia).  Em 1 de setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia e inicia a 2° Guerra Mundial

2°GUERRA MUNDIAL 1939-1945

Forças do EIXO: Alemanha, Itália e Japão (com apoio de outros regimes simpatizantes do fascismo, como Espanha e Finlândia).
Forças ALIADAS: Reino Unido, França, Estados Unidos, União Soviética e entre outros, incluindo Brasil e colônias. (contrários aos regimes nazifascista).

O CONFLITO
1° FASE – A expansão do Eixo (1939 – 1942)
Avanços da Alemanha, através da BLIZTKRIEGE (Guerra Relâmpago), o ataque combinado da Força Aérea e da Infantaria Blindada. Invasão da Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega e França. (1939/1940). Depois, na Península Balcânica, Hungria, Romênia, Iugoslávia, Grécia (1941) e tropas italianas e alemãs no norte da África. Em junho de 1941, a Alemanha inicia a ofensiva na URSS. Na Ásia, o Japão ocupava a Coréia, China, e várias ilhas no Pacífico. Em dezembro de 1941, o Japão ataca o Havaí, e o EUA declaram guerra ao EIXO.
2° FASE – A contra ofensiva ALIADA (1942 – 1945)
Após a resistência soviética em Stalingrado e Moscou, a Alemanha perde boa parte de sua força e os soviéticos iniciam o contra ataque. Britânicos e Americanos derrotam o Eixo no norte da Africa, Grécia e Itália. Em Junho de 1944, o Dia D, o desembarque das tropas Aliadas no litoral da França. Os nazistas intensificam o massacre de judeus e prisioneiros nos campos de concentração, chamado de Holocausto (massacre de 6 milhões de judeus pelo regime nazista). No Pacífico, após as vitórias americanas nas ilhas Midway e em Guadalcanal, os japoneses perdem sua força de ataque e apenas resistem nas ilhas isoladas. Em 1945, tropas soviéticas invadem Berlim. Hitler se suicida e o nazismo é derrotado. Com a resistência japonesa, o EUA realizam 2 ataques nucleares (Hiroshima e Nagasaki). O Japão se rende e termina a 2° Guerra.

CONSEQUÊNCIAS
· Acima de 60 milhões de mortos.
· Novas potências EUA e URSS (inicio da Guerra Fria)
· Criação da ONU – Organização das Nações Unidas
· Divisão da Alemanha (Ocidental e Oriental) e divisão das áreas de influência na Europa, entre capitalistas e socialistas.
· Fortalecimento dos movimentos de independência das colônias europeias na África, Ásia e América Latina.


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