SOBRE CORONAVÍRUS
CORONAVÍRUS
CID10:
CID10:
Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde
meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em
animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias
leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se
infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas
mais propensas a se infectarem. Os coronavírus comuns que infectam humanos são
alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Alguns coronavírus podem causar
síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que
ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory
Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo
os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente
para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia,
infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da
epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS
tem sido relatado mundialmente.
Em 2012, foi isolado outro novo
coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada.
Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua
identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros
países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados
fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com
viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar,
Emirados Árabes e Jordânia.
Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV).
Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV).
Manifestações Clínicas
Os coronavírus humanos comuns causam
infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Os sintomas podem
envolver coriza, tosse, dor de garganta e febre. Esses vírus algumas vezes podem
causar infecção das vias respiratórias inferiores, como pneumonia. Esse quadro
é mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico
comprometido ou em idosos.
O MERS-CoV, assim como o SARS-CoV,
causam infecções graves. Para maiores informações sobre as manifestações
clínicas do MERS-CoV, acesse a página sobre MERS-CoV.
Período de incubação
Período de incubação
De 2 a 14 dias
Período de TransmissibilidadeDe uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o SARS-CoV e o MERS-CoV. Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.
Transmissão inter-humana
Todos os coronavírus são transmitidos
de pessoa a pessoa, incluindo os SARS-CoV, porém sem transmissão sustentada.
Com relação ao MERS-CoV, existem a OMS considera que há atualmente evidência
bem documentada de transmissão de pessoa a pessoa, porém sem evidencias de que
ocorra transmissão sustentada.
Modo de Transmissão
De uma forma geral, a principal forma
de transmissão dos coronavírus se dá por contato próximo* de pessoa a pessoa
* Definição de contato
próximo: Qualquer pessoa que cuidou do paciente,
incluindo profissionais de saúde ou membro da família; que tenha tido contato
físico com o paciente; tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente
(ex.: morado junto ou visitado).
Fonte de infecção
A maioria dos coronavírus geralmente
infectam apenas uma espécie animal ou, pelo menos um pequeno número de espécies
proximamente relacionadas. Porém, alguns coronavírus, como o SARS-CoV podem
infectar pessoas e animais. O reservatório animal para o SARS-CoV é incerto,
mas parece estar relacionado com morcegos. Também existe a probabilidade
de haver um reservatório animal para o MERS-CoV que foi isolado de
camelos e de morcegos.
Fonte
Coronavírus: tudo o que você precisa saber sobre a nova pandemia
Atualizado em 02.04.2020
O primeiro caso da pandemia pelo novo coronavírus, SARS-CoV2,
foi identificado em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro do último ano. Desde
então, os casos começaram a se espalhar rapidamente pelo mundo: primeiro pelo
continente asiático, e depois por outros países.
Em fevereiro, a transmissão da Covid-19, nome dado
à doença causada pelo SARS-CoV2, no Irã e na Itália chamaram a atenção pelo
crescimento rápido de novos casos e mortes, fazendo com que o Ministério da
Saúde alterasse a definição de caso suspeito para incluir pacientes que
estiveram em outros países. No mesmo dia, o primeiro
caso do Brasil foi identificado, em São Paulo.
Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto da doença
como pandemia. Poucos dias
depois, foi confirmada a primeira
morte no Brasil, em São Paulo. No mesmo dia, dois pacientes que haviam
testado positivo para coronavírus, do Rio de Janeiro, vieram a óbito, mas
laudos das mortes ainda não foram divulgados.
Veja
os números atualizados (02/04, às 17h50):
·
7.910 confirmados no Brasil, em todos
os estados, sendo o maior foco em São Paulo (3.506), seguido de Rio de Janeiro
(992), Ceará (550), Distrito Federal (370) e Minas Gerais (370);
·
299 mortes confirmadas no Brasil, sendo
188 apenas no estado de São Paulo. Apenas o estados Acre, Amapá, Mato Grosso,
Roraima e Tocantins ainda não tem mortes;
·
A taxa de letalidade do Brasil atualmente é 3,8%;
·
Mais de 1 milhão de casos em 197
países e territórios;
·
Mais de 32 mil casos graves;
·
52.338 mortes;
·
Mais de 206 mil pessoas recuperadas.
Casos no Brasil
Estado
|
Casos confirmados
|
Mortes
|
AC
|
43
|
0
|
AL
|
18
|
1
|
AP
|
11
|
0
|
AM
|
229
|
3
|
BA
|
267
|
3
|
CE
|
550
|
20
|
DF
|
370
|
4
|
ES
|
120
|
1
|
GO
|
73
|
1
|
MA
|
71
|
1
|
MT
|
36
|
0
|
MS
|
53
|
1
|
MG
|
370
|
4
|
PA
|
46
|
1
|
PB
|
21
|
1
|
PR
|
252
|
4
|
PE
|
106
|
9
|
PI
|
19
|
4
|
RJ
|
992
|
41
|
RN
|
105
|
2
|
RS
|
334
|
5
|
RO
|
10
|
1
|
RR
|
26
|
0
|
SC
|
247
|
2
|
SP
|
3.506
|
188
|
SE
|
23
|
2
|
TO
|
12
|
0
|
Total
|
7.910
|
299
|
Abordagem do coronavírus
Definição de caso suspeito
Os casos suspeitos, prováveis e confirmados devem ser notificados pelo profissional de saúde
responsável pelo atendimento. As informações devem ser inseridas nesta ficha de notificação. Para os estados com número grande
de casos, porém, a orientação do Ministério da Saúde é que o tratamento de
casos graves é mais importante que a notificação, por isso pessoas com síndrome
gripal que não estejam graves são orientadas a não buscar um posto de
emergência, realizando apenas o isolamento social.
Tratamento de casos graves
1.
Administrar oxigenoterapia suplementar imediatamente a pacientes com
SARI e dificuldade respiratória, hipoxemia ou choque.
2.
Usar tratamento conservador de fluidos em pacientes com SARI quando não
houver evidência de choque.
3.
Prescrever antimicrobianos empíricos para tratar todos os patógenos
prováveis que causam SARI. Avaliar diariamente a possibilidade de
descalonamento do esquema conforme estado clínico e resultados microbiológicos.
4.
Não administrar rotineiramente corticosteroides sistêmicos para
tratamento de pneumonia viral ou SDRA, a menos que sejam indicados por outro
motivo.
5.
Para pacientes críticos que desenvolverem febre, sugere-se uso de
paracetamol para controle da febre em detrimento a nenhum controle
farmacológico da febre.
Insuficiência
respiratória hipoxêmica e SDRA:
1.
Reconhecer insuficiência respiratória hipoxêmica grave quando um
paciente com dificuldade respiratória estiver com falha na oxigenoterapia
padrão.
2.
O oxigênio nasal de alto fluxo ou a ventilação não invasiva (VNI) devem
ser usados apenas em pacientes selecionados com hipoxemia.
3.
Em pacientes com SDRA grave, recomenda-se ventilação prona> 12 horas
por dia.
4.
Evitar desconectar o paciente do ventilador, o que resulta em perda de
PEEP e atelectasia.
5.
Em pacientes
adultos na ventilação mecânica com Covid-19 e SDRA sugere-se o
uso de corticosteroides sistêmicos. Caso decida pelo uso, deve ser iniciado em
doses baixas por curtos períodos.
Choque
séptico:
1.
Na ressuscitação do choque séptico em adultos, administrar pelo menos 30
mL/kg de cristaloide isotônico em adultos nas primeiras 3 horas. Não usar
cristaloides hipotônicos para ressuscitar.
2.
A ressuscitação com líquidos pode levar à sobrecarga de volume,
incluindo insuficiência respiratória. Se não houver resposta à reposição e
sinais de sobrecarga de volume (por exemplo, distensão venosa jugular,
crepitações na ausculta pulmonar, edema pulmonar), reduzir ou interromper a
administração de líquidos.
Medicamentos para tratamento
Com o crescimento da pandemia no Ocidente, novas formas de tratamento
para a doença do novo coronavírus, Covid-19, estão sendo pesquisadas. A maioria
tem como pano de fundo estudos prévios in vitro, em modelos animais, e na
experiência anterior com o outro coronavírus, o MERS.
De todos, os principais do momento são lopinavir-ritonavir e
hidroxicloroquina.
Além deles, a
OMS anunciou o início do projeto SOLIDARITY, que tem como objetivo realizar
testes com as drogas mais promissoras no tratamento contra o novo coronavírus.
O estudo foi projetado para ser o mais simples possível para que até os
hospitais mais sobrecarregados pela pandemia possam participar.
As quatro drogas seriam remdesivir, utilizado no tratamento do ebola e
interferon-beta, além lopinavir-ritonavir e cloroquina.
Declaração de óbito e manejo de corpos
As diretrizes para manejo e seguimento dos óbitos por Covid-19, doença
do novo coronavírus, foram publicadas no último dia 20, no Diário Oficial do
Estado de São Paulo.
Nos casos de óbito suspeito (por
exemplo, em casos de SARS), em que a adequada identificação da causa de óbito
por Covid-19 é fundamental para o acompanhamento da pandemia em curso, a realização de exames post-mortem nos SVOs não deve ser realizada,
pois implicam não apenas em grande potencial de contaminação dos serviços.
As necrópsias nesses serviços de casos
confirmados ou suspeitos estão suspensas devido ao alto risco
de contaminação. O uso de técnicas menos invasivas para necrópsia permitem
que o caso seja esclarecido com maior rapidez, menor custo e no caso de uma
pandemia, menor risco de contaminação para servidores e para a população em
geral.
A causa básica do óbito para fins de preenchimento da DO nos
casos confirmados deve incluir a infecção por coronavírus (CID – B34.2) e ser
preenchida claramente como causa bem definida.
O manejo dos corpos será aplicado a todos os casos,
sejam eles confirmados ou suspeitos. Os casos que envolvam óbito com violência
ou suspeita de violência continuam com a obrigatoriedade de serem encaminhados
ao IML.
Os corpos devem ser envoltos e acondicionados em saco impermeável
composto de lona plástica em polímero biodegradável, de acordo com a política
nacional de resíduos. O saco deve conter zíper e lacre plástico devendo ser limpo
e higienizado com desinfetante hospitalar ou substância à base de álcool 60 a
95%. Posteriormente o corpo ensacado será acondicionado em urna funerária que
será imediatamente lacrada.
Linha do tempo da Covid-19, doença pelo novo coronavírus
Março 2020
–
OMS alerta para a aceleração da contaminação no mundo
Na coletiva de imprensa do dia 23, a OMS alertou
para o crescimento extremamente rápido no número de casos no mundo. Nos
últimos quatro dias, os novos casos de coronavírus subiram em 100 mil, elevando
o total de indivíduos infectados a mais de 300 mil em quase todos os países do
mundo. Para comparar a velocidade que a pandemia ganhou, a entidade
informou que o número de casos de Covid-19 atingiu a marca de 100 mil em 67
dias, mas levou apenas onze dias para dobrar e atingir 200 mil casos e outros
quatro dias para chegar a 300 mil casos.
Estados Unidos foi um dos países responsáveis pela aceleração no número
de casos, podendo até mesmo se tornar o novo epicentro da pandemia, segundo a
OMS afirmou no dia 24.
–
Ministério declara transmissão comunitária em todo o país
Todo o território nacional está sob o status
de transmissão comunitária do novo coronavírus, que é aquela em
que não é mais possível localizar a origem da infecção, indicando que o vírus
está circulando entre os indivíduos que não viajaram ou tiveram contato com
quem esteve no exterior.
A declaração do Ministério da Saúde foi realizada na noite do dia 20,
quando já haviam mais de 900 casos no Brasil, com 11 mortes. A previsão do
ministro Henrique Mandetta é que os casos da Covid-19 disparem em abril.
–
CFM autoriza uso da telemedicina durante pandemia
O Conselho
Federal de Medicina (CFM) autorizou no dia 19, por meio de ofício enviado ao
Ministério da Saúde, o uso da telemedicina durante a pandemia da Covid-19. A
medida tem caráter excepcional, valendo até o fim da luta contra a disseminação
da nova doença. Segundo o CFM, a telemedicina pode ser utilizada nas
formas: teleorientação, telemonitoramento e teleinterconsulta.
–
Ministério da Saúde libera oito testes rápidos para Covid-19
Foram
aprovados os primeiros oito testes rápidos para o diagnóstico do novo
coronavírus. Os novos exames serão voltados para o uso profissional e
permitirão a leitura dos resultados em apenas 15 minutos.
A aprovação dos novos produtos foi realizada seguindo a Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) 348/2020, publicada no Diário Oficial da União
(D.O.U.), do dia 18 de março, que permitiu a priorização da avaliação de
produtos para diagnóstico laboratorial do novo coronavírus. Poucos dias depois,
anuncia mais
três testes rápidos para a doença.
–
China consegue conter transmissão local do coronavírus
A manhã do dia 19 foi de comemoração na China. Pela primeira vez depois
de mais de dois meses, nenhum caso de transmissão local foi identificado. De
novos casos, apenas pessoas que vieram de outros lugares.
–
Primeira morte do Brasil é confirmada e São Paulo decreta estado de emergência
O Ministério da Saúde confirmou, no dia 17, a primeira morte por Covid-19 no país. A informação foi
dada após a confirmação do governador do Estado de São Paulo, onde o caso foi
registrado. O homem, de 62 anos, estava internado em um hospital particular da
capital paulista, e tinha como agravante histórico de hipertensão e diabetes.
Sua evolução foi rápida, já que o diagnóstico foi dado no último dia 10, com registro
da morte no dia anterior à divulgação.
O estado registra mais de 150 casos, segundo dados da Secretaria
Estadual de Saúde, e mais de 1.400 suspeitos. No Brasil, segundo o Ministério,
são 290 pessoas com o vírus. Diante do crescimento no número de casos, o
prefeito da cidade de São Paulo decretou estado de emergência.
Ao final do mesmo dia, o estado do Rio de Janeiro também registrou duas
mortes de pessoas que testaram positivo para a doença. Uma mulher de 63 anos,
após ter contato com sua empregadora na capital, que havia ido à Itália, chegou
grave ao hospital municipal de Miguel Pereira, onde testou positivo para
Covid-19 e evoluiu para óbito rapidamente. O informe foi dado pela prefeitura
local.
O segundo paciente era um homem, de 69 anos, hipertenso, que teve
contato com o neto que voltou dos Estados Unidos recentemente. Ele foi
internado, em Niterói, por insuficiência respiratória, evoluindo com choque
séptico.
–
Novas orientações para tratamento
Novos artigos são lançados, trazendo pontos importantes para a abordagem
das doenças no período de epidemia, como as síndromes gripais e as pneumonias
virais.
Orientações para cuidados em UTI também foram
divulgadas em artigo no JAMA e protocolos da AMIB.
–
OMS anuncia que Europa é o novo epicentro do coronavírus
Em coletiva de imprensa no dia 13, o diretor-geral da OMS disse que os
casos por dia da Europa ultrapassam a quantidade diária da China no pico da
epidemia, por isso o continente deve ser considerado como novo epicentro da pandemia.
Ministério da Saúde, também em coletiva de imprensa no dia 13,
recomendou antecipação de férias nas escolas, suspensão de eventos e isolamento
de viajantes internacionais. Além disso, confirmou casos de transmissão
comunitária, quando não é possível identificar a fonte, nas capitais do Rio de
Janeiro e São Paulo. Bahia possui transmissão local confirmada.
–
ANS anuncia que teste para coronavírus será coberto por qualquer plano de saúde
No mesmo dia da declaração de pandemia, a Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) informa que o exame
para detecção do coronavírus será incluído no Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a cobertura mínima obrigatória
para os beneficiários de planos de saúde.
–
OMS declara pandemia de coronavírus
No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde define o
surto como pandemia. Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, a demora para a definição como pandemia se deu por ser uma palavra
perigosa pelas interpretações que pode gerar, mas que o aumento em mais de 13
vezes do número de casos externos à China e as mais de 4 mil mortes justificam
a nova classificação.
Os dados apresentados pela organização apontam mais de 118 mil casos em
114 países, com 4.291 mortes. Apesar disso, 90% dos casos estão em apenas na
China, Itália, Irã e Coreia do Sul, sendo que a China e Coreia do Sul já estão
controlando o vírus. Ainda assim, é esperado que o número de casos continue
crescendo no mundo, por isso o controle da transmissão é extremamente
importante, e os países devem continuar trabalhando nisso.
Desde o dia 9, o Ministério da Saúde passou a adotar novas recomendações
da OMS: realizar testes de coronavírus em pacientes internados com síndrome
respiratória aguda grave em cidades que já possuem casos, mesmo sem histórico
de viagem ou contato, e naqueles pacientes com síndrome gripal que forem
atendidos em unidades da Rede Sentinela, que abrange mais de 114 unidades e
postos de saúde no país.
–
Anvisa e Ministério da Saúde atualizam critérios para doação de sangue
Diante do crescente número de casos, a Anvisa e o Ministério da Saúde
atualizam os critérios para doação de sangue no país, mesmo que ainda não haja
evidências de que o vírus seja transmitido via transfusional. A medida é
preventiva e as orientações
você encontra em nosso Portal.
Fevereiro 2020
–
Epidemia se espalha e mais estudos são feitos
No dia 26 de fevereiro, mais de 81.300 casos são confirmados em mais de
44 países, treze novos países em apenas dois dias.
Estudos buscam entender a persistência do vírus no ambiente, chegando a
conclusão de que podem ficar até nove dias, se as superfícies não forem
adequadamente higienizadas.
–
Brasil tem primeiro caso confirmado
No mesmo dia da alteração de definição de caso, dia 24, Brasil recebe um
paciente com os sintomas depois de voltar da Itália, e os resultados são positivos para
SARS-CoV2, como agora é oficialmente chamado o vírus causador da Covid-19.
–
Casos de coronavírus fora da China crescem de forma rápida
Até o dia 24, o número de casos externos cresce de forma estrondosa. Os
países que tem o maior aumento são Itália, que passa de 79 casos para 222 em
apenas dois dias, e Irã, que contabiliza 12 mortes e fecha as fronteiras. Ao
todo, quase 80 mil casos são confirmados, sendo mais de 2 mil em outros 31
países, com 2.600 mortes, sendo 35 externas à China.
OMS declara que países devem se preparar para uma possível pandemia.
O Ministério da Saúde altera novamente
a definição de caso e agora é considerado suspeito aquele
paciente que tiver sintomas + histórico de viagem ou contato com quem viajou
para: Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã,
Camboja, Austrália, Filipinas, Malásia, Itália, Alemanha, França, Irã e
Emirados Árabes, além da China.
–
Transmissão local fora do epicentro e alteração de definição de caso
Por volta do dia 20 de fevereiro, alguns casos começam a ser
identificados em pacientes sem histórico de viagem à China. O número de casos
ultrapassa 70 mil, com mais de 1.300 casos externos em 28 países.
No dia 21 de fevereiro, o Ministério da Saúde inclui novos países na
definição de caso suspeito.
–
OMS declara surto de coronavírus como controlado
Com poucos casos externos à China, e o número de pacientes crescendo
cada vez menos, a OMS define, no dia 14, o surto de coronavírus como
controlado.
–
Divulgações de mais informações sobre a doença
Até esse momento, diversos pesquisadores se envolveram para entender
mais sobre a doença. Estudos apresentaram as principais características
clínicas. Além disso, medidas de prevenção são
amplamente divulgadas para profissionais de saúde e população, em geral.
Até o dia 10 de fevereiro, mais de 40 mil casos são registrados, com 454
casos externos à China, em outros 24 países e nos três territórios
independentes (Taiwan, Macau e Hong Kong). Das mais de 1 mil mortes, as duas
primeiras fora da China foram em Hong Kong e nas Filipinas.
–
Whitebook lança conteúdos de coronaviroses
Diante da situação, a equipe do Whitebook também preparou conteúdos sobre a doença
para auxiliar os médicos e profissionais de saúde que assinam o aplicativo.
Janeiro 2020
–
OMS define coronavírus como emergência de saúde internacional
Em três dias, a OMS altera novamente a classificação da epidemia. No dia
30, o surto da doença respiratória aguda pelo coronavírus, agora com o nome
definido como Covid-19, é uma emergência de saúde pública de
interesse internacional (PHEIC).
Apesar de alguns membros do comitê discordarem, foi discutido que
declarar PHEIC era importante para reconhecer as ações tomadas pela China e
oferecer apoio ao país. Neste momento, o número de casos ultrapassa de 8 mil,
com 171 mortes. Mas os casos externos à China ainda são a minoria.
–
OMS altera classificação para emergência de nível elevado
No dia 27 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde alterou sua posição
de que o surto do novo tipo de coronavírus seria uma emergência de risco
moderado e passou a considerar de nível
elevado. A OMS alterou também a definição de caso suspeito, incluindo qualquer
pessoa com sintomas que tenha estado na China como um todo, e não apenas na
cidade de Wuhan, como estava sendo considerado anteriormente.
Com a nova definição, começam a aparecer casos suspeitos no Brasil. Até
o dia 29 de janeiro, eram nove suspeitas, sem nenhuma confirmação.
–
Ministério da Saúde divulga informações de identificação do coronavírus
Como a epidemia segue em uma crescente, com o primeiro caso nas
Américas, o Ministério da Saúde divulga as informações de como identificar casos no Brasil, com definição de
caso suspeito, fluxograma de atendimento e isolamento e como notificar.
Nós do Portal, preparamos um podcast trazendo todas as informações até este
momento que o profissional de saúde precisava saber.
–
Confirmação de transmissão humana e primeiro caso nas Américas
Após o primeiro alerta sobre o surto, os casos quase triplicam e se
estendem para outros sete países além da China, incluindo o primeiro caso nos Estados Unidos, anunciado no dia 21.
Alguns dos casos são de pessoas que estiveram na China, mas não no mercado de
Wuhan, confirmando a transmissão humana. No dia 24 de
janeiro, o número de casos era maior que 800, com 25 mortes, incluindo a
primeira fora da China.
Diante do primeiro caso nas Américas, a Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS) emitiu um comunicado alertando e pedindo que os profissionais de
saúde se atualizem e estejam familiarizados com os sintomas da doença para agir
de forma rápida quando casos suspeitos aparecerem.
–
Alerta OMS
No dia 12 de janeiro, a OMS faz o primeiro alerta sobre o surto do novo
coronavírus, chamado então de 2019-nCoV, para que os países se preparem para uma
possível transmissão da doença. Neste momento, 41 casos foram confirmados na
China, com uma morte, e dois casos externos foram identificados: um na
Tailândia e um no Japão, ambos de pacientes que estiveram em Wuhan.
A China compartilha o sequenciamento genético com
outros países para que os casos passam ser identificados de maneira rápida.
–
Novo tipo de coronavírus
Autoridades chinesas identificam a causa dos casos de pneumonia e/ou
doenças respiratórias, que continuaram a aparecer no local, como uma nova cepa do coronavírus e realizam o
sequenciamento genético do vírus no dia 7. Os pacientes tiveram resultados
negativos para outros patógenos respiratórios, como gripe, gripe aviária,
adenovírus, coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV),
coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV).
A principal suspeita é que a infecção tenha ocorrido através de algum
animal vendido no Mercado Municipal de Wuhan, que vende frutos do mar e
animais silvestres. O mesmo já havia sido fechado para desinfecção no dia 1º.
Dezembro 2019
–
Primeira notificação
No dia 31 de dezembro foi identificado o primeiro caso de pneumonia de
causa inespecífica em Wuhan, na China.
Referências
bibliográficas:
fonte:
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